Sydney (Austrália) A Petrobras deu marcha à ré no projeto de prospecção petrolífera na costa leste da Ilha do Norte, na Nova Zelândia, e devolveu as licenças correspondentes ao Governo neozelandês, confirmou nesta terça-feira o primeiro-ministro do país oceânico, John Key.
Através de um comunicado de imprensa, o Ministério de Inovação Empresarial e Emprego (MBIE, na sigla em inglês) informou que aceitou a solicitação para a devolução das permissões de prospecção na bacia de Raukumara, que o Governo outorgara a Petrobras em junho de 2010.
O primeiro-ministro neozelandês negou que a decisão esteja ligada a uma campanha iniciada no ano passado por várias organizações ambientalistas, entre elas o Greenpeace, contra as explorações realizadas por Petrobras nas profundezas da bacia de Raukumara.
Trata-se de uma decisão comercial que se apoia em alguns fatores, entre eles a forma como a empresa dará prioridade a sua pasta de exploração de gás e petróleo no mundo todo, explicou o diretor de Petróleo do MBIE, Kevin Rolens.
O funcionário assinalou que os dados recolhidos pela Petrobras, a terceira maior petrolífera do mundo, representam uma contribuição importante para futuros projetos de energia e estará disponível para outras empresas interessadas em seguir explorando a zona.
O Greenpeace assinalou que se trata de uma vitória para os neozelandeses que se opõem às perfurações nas profundezas do oceano.
A probabilidade de um vazamento de petróleo das profundezas do oceano às preciosas praias, à costa de East Cape e à baía de Plenty se reduziu em 100%, disse o responsável pela área de Clima da organização ambientalista, Simon Boxer.