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Clippings - 01/08/24

3R estima aumento de vida útil de suas reservas superior ao das concorrentes

A 3R calcula aumento de vida útil das suas reservas, mesmo diante de aumento de produção. A companhia atualizou o seu Relatório de Certificação de Reservas, emitido pela empresa especialista independente DeGolyer and MacNaughton.

A 3R deve mais que repor suas reservas, segundo a certificação mencionada nesta quarta-feira, em conferência junto a analistas de mercado. A petroleira independente afirma que passou a dispor de 530 milhões de barris de óleo equivalente (boe) de reservas provadas mais prováveis.

Deste total, mais de 70% das reservas são classificadas como provadas. E 89% são reservas de óleo, enquanto 11% representam reservas de gás natural.

“Ao pico de produção temos 14 anos de vida útil das reservas, bem acima dos nossos comparáveis, na América Latina”, afirmou o diretor Rodrigo Pizarro durante a conferência para a apresentação de resultados.

O executivo disse que o incremento de 29 milhões de barris nas reservas serão parcialmente compensados pelo consumo de 15 milhões, a partir da produção da companhia neste ano.

A principal fonte de recursos vem dos campos do Complexo Potiguar (311 milhões barris), Papa Terra (120 mi barris) e do Complexo Recôncavo (89 mi barris).

 A descoberta de Malombe, que compõe o Polo Peroá, acrescentou recursos contingentes de 13 MMboe, “condicionados apenas à declaração de comercialidade do ativo perante a ANP”, como informa a 3R.

Segundo a empresa, o segundo trimestre de 2024 marca a retomada do crescimento da sua produção consolidada.

A interrupção de bombas nos campos de Papa Terra, segundo o CEO Matheus Dias, para efeito anual não deve gerar impacto porque, segundo ele, o efeito já era esperado para o segundo trimestre. “As atividades de integridade e manutenção dos sistemas operacionais nos ativos do portfólio evoluíram no 2T24 e, em paralelo às campanhas de workover e perfuração, são de extrema relevância para suportar o crescimento da produção no segundo semestre de 2024”.

Houve também intermitências no abastecimento elétrico nas operações, que segundo os executivos já estão sendo sanadas.

A produção média diária atingiu 46.610 boe/d no 2T24, incremento de 64,3% em termos anuais (A/A) e +5,0% em relação ao trimestre anterior (T/T). A média calculada, porém, desconsidera o volume de gás produzido, mas não comercializado, nos Polos Areia Branca, Fazenda Belém e Papa Terra. E considera a participação detida pela 3R em cada um dos nove ativos do seu portfólio.

No 2T24, o Complexo Potiguar registrou 25.320 boe/d, +2,3x (+132,9%) A/A e -0,5% T/T. A produção média de óleo atingiu 23.455 bbl/d, +2,4x (+139,6%) A/A, sendo estável em base trimestral, e representou 92,6% da produção do Complexo no trimestre.

O desempenho operacional do Complexo Potiguar no trimestre é explicado pelo aumento de produção registrado no Polo Potiguar, de 3,1% boe/d na comparação trimestral, “suportado pela realização de workovers e pullings”, entre outros fatores.

A companhia destacou a receita líquida consolidada recorde de R$ 2,57 bilhões no 2T24 e o aumento do volume de petróleo e derivados comercializados no 2T24, capturando a alta do Brent e apreciação do dólar americano.

Considerando a participação da companhia, o Complexo Offshore registrou produção de 12.253 barris/dia, com aumento de 21,4% na comparação anual e 26,9% trimestral. A produção média de óleo atingiu 9.849 bbl/d e representou 80,4% da produção do Complexo no trimestre.

Formado pelos Polos Peroá e Papa Terra, os ativos são detidos pela subsidiária 3R Offshore, detentora de 100% dos direitos sobre o Polo Peroá e 62,5% sobre o Polo Papa Terra. A Companhia, holding, possui participação de 85% na referida subsidiária, refletindo uma participação indireta líquida de 85% no Polo Peroá e 53,13% no Polo Papa Terra.

“Importante destacar que, em razão do inadimplemento de obrigações pela parceira Nova Técnica Energy, no âmbito do consórcio do Polo Papa Terra, a subsidiária 3R Offshore exerceu o direito de cessão compulsória do parceiro junto à ANP, nos termos do instrumento jurídico privado que rege o consórcio”.

Por consequência, diz a empresa, a participação indireta alocada para a Companhia corresponde a 85% da produção do ativo a partir do mês de maio de 2024.

“A gente passa a ter direitos sobre os ativos, mas certamente a outra parte deve instaurar arbitragem … Mas é muito claro que temos direito muito forte e atendemos a todas as obrigações como operador”, afirmou o executivo da companhia.

Fonte: Revista Portos e Navios