Segundo o relatório de certificação de reservas 2024, a companhia passa a dispor de 379 milhões de boe de reservas provadas (1P) e os volumes de Malombe foram classificados como recursos contingentes (2C)

A 3R Petroleum relatou reservas provadas e prováveis (2P) de 530 milhões de boe, de acordo com o relatório de certificação de reservas para o ano de 2024, elaborado pela consultoria DeGolyer and MacNaughton, com data base em 31 de dezembro de 2023.

Do total de reservas 2P, 89% são referentes ao óleo e 11% representam estoques de gás natural. Além disso, a companhia destacou que 27% destas reservas (144 milhões de boe) são classificadas como reservas provadas desenvolvidas em produção (PDP).

A partir do relatório, as reservas 2P do complexo Potiguar (Polos Macau, Areia Branca, Fazenda Belém, Pescada e Potiguar) são de 311 milhões de boe. O volume de reservas 2P do Polo Papa-Terra são de 120 milhões de boe, enquanto os do complexo Recôncavo (Polos Rio Ventura e Recôncavo) são de 89 milhões de boe e no Polo Peroá são de 10 milhões de boe.
Tabela com os volumes ano a ano (2023/2024) das reservas 1P e 2P da 3R (Fonte: Divulgação 3R Petroleum)

Em relação às reservas provadas (1P), o relatório demonstrou que a companhia dispõe de 379 milhões de boe. Adicionalmente, a 3R informou que os os volumes certificados relativos à Malombe, que compõem o Polo Peroá, foram classificados como recursos contingentes (2C) (13 milhões de boe), e estes dependem apenas da declaração de comercialidade do ativo perante a ANP. 

A reposição de reservas da 3R foi de 29 milhões de boe, e a companhia justifica este volume “a partir de um portfólio robusto e diversificado, com o maior incremento de reservas proveniente do Polo Papa Terra, ampliando a representatividade da produção de óleo no portfólio consolidado da Companhia”.

A 3R é operadora dos Polos Potiguar (100%), Macau (100%), Areia Branca (100%), Fazenda Belém (100%), Rio Ventura (100%), Recôncavo (100%), Peroá (85%) e Papa-Terra (53,13%), e detém participação de 35% no Polo Pescada, sendo este operado pela Petrobras.

No começo de abril, a Enauta propôs uma combinação de negócios à 3R. Na proposta, há a sugestão de emissão de novas ações da 3R e troca por ações da Enauta, resultando em uma nova empresa, na qual será composta por 53% dos acionistas atuais da 3R e de 47% dos atuais acionistas da Enauta.

Segundo a proposta, a combinação pode gerar uma produção maior que 100 mil boe com oportunidade de crescimento nos próximos cinco anos, e reservas operadas superiores a 770 milhões de barris.

Esta é a segunda proposta de fusão feita à 3R, sendo a primeira sugerida pela Maha Energy em janeiro. Pela proposta, seria feita uma combinação dos ativos com a PetroReconcavo, no qual os ativos onshore da 3R seriam repassados à PetroReconcavo e a 3R passaria a direcionar seus esforços para os ativos offshore. 

Com esta sugestão da Enauta, o Conselho de Administração da 3R decidiu suspender por ora a avaliação de combinação de ativos com a PetroReconcavo, direcionando os esforços para avaliar a possível transação com a Enauta, com prazo de 30 dias corridos.

Fonte: Revista Portos e Navios