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Clippings - 22/06/09

O potencial das empresas cearenses é destaque do Prêmio Delmiro Gouveia. A edição 2009 será lançada hoje com palestra do ministro-chefe da Secretaria Especial dos Portos, Pedro Brito, um dos idealizadores da premiação

Convidado como palestrante do lançamento do Prêmio Delmiro Gouveia 2009, que foi realizada neste domingo (21), no auditório da Pax Corretora em Fortaleza, o ministro-chefe da Secretaria Especial dos Portos, Pedro Brito, falou para uma plateia de convidados sobre como o Brasil enfrenta e continuará enfrentando os efeitos da crise financeira internacional. Segundo Brito, a economia vai bem e, no fim do ano, o País deve crescer, mesmo que timidamente.

O POVO – Qual a avaliação do senhor a respeito do Prêmio Delmiro Gouveia?

Pedro Brito – É um estímulo e uma forma de valorizar o trabalho daqueles que desenvolvem o Estado. A premiação é especial, pois focaliza muito a área de responsabilidade socioambiental das empresas. O Prêmio é muito bem aceito e a prova disto é a continuidade dele, sempre com alto volume de participantes. Quanto mais prêmios existirem com estas características melhor para a sociedade.

OP – Como recebeu o convite para palestrar durante o evento de lançamento?

Pedro Brito – É uma grande honra ser lembrado neste momento. Para mim é nostálgico, já que participei da idealização do Prêmio, ao lado do economista Raimundo Padilha e do amigo e jornalista Demócrito Dummar (presidente do O POVO – 1985-2008). Demos o nome de Delmiro Gouveia pelo empreendedorismo que este cearense mostrou em sua época.

OP – A sua palestra de abertura abordará qual tema?

Pedro Brito – Será uma análise do impacto da crise internacional na economia brasileira. Acredito que o Brasil está reagindo bem, está acima da média mundial. Tivemos um segundo semestre de 2008 ruim, como no resto do mundo, mas no primeiro trimestre deste ano já percebemos indicativos de que teremos um futuro melhor e acredito que fecharemos 2009 com um crescimento modesto.

OP – E quais são estes indicativos?

Pedro Brito – Percebemos indicadores de recuperação. A equipe econômica do presidente Lula vem trabalhando de maneira eficaz. A comunidade financeira internacional vê o Brasil de forma confiante. Agora é preciso trabalhar.

OP – Trabalhar onde e como?

Pedro Brito – Temos um crescimento populacional de 1,5% ao ano e precisamos desenvolver a economia para absorver a mão-de-obra. Muito já foi feito em relação à infraestrutura e o Governo Lula, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mostra disposição para desenvolver o País em diferentes setores.

OP – Falando diretamente da área que é de sua competência. Como está a situação dos portos brasileiros hoje?

Pedro Brito – Acredito que o biênio 2009/2010 seja o marco para uma nova fase portuária brasileira. O Governo Federal está investindo R$ 1,5 bilhão em dragagem de todos os portos do Brasil e vai injetar mais R$ 2 bilhões em infraestrutura interna. São R$ 3,5 bilhões gastos somente dentro dos portos. Nessa conta não estão incluídos os investimentos no entorno dos terminais portuários. Somente com o trabalho de dragagem já haveria um aumento de 30% na capacidade dos portos.

OP – Como estão os projetos para os portos do Ceará?

Pedro Brito – O Ceará tem o privilégio de possuir dois grandes portos que se complementam. Acredito que o do Pecém seja mais voltado para a indústria, com a chegada da refinaria, da siderúrgica, será investido muito em transportes. A nova Transnordestina vai ligar o Piauí diretamente ao Porto do Pecém, mas vamos revitalizar também o trecho da antiga ferrovia, que chega ao Mucuripe. De nada adianta termos excelentes portos se não há como abrir alternativas para a passagem das carretas.

OP – O senhor acredita no potencial turístico do Porto do Mucuripe?

Pedro Brito – Claro. Nossa intenção é transformar o Mucuripe em um terminal voltado para o turismo. Estamos investindo R$ 42 milhões em dragagem, que deve aumentar a profundidade do píer, de 10 para 14 metros, e estamos imaginando um montante de R$ 100 milhões para a construção de um moderno terminal receptivo de passageiros, que deve ter estrutura igual ou superior ao do aeroporto Pinto Martins. Comparando, é mais fácil receber bem 200 passageiros de avião do que quatro mil de um transatlântico. Por isso vamos ter que fazer um grande projeto de infraestrutura já para a Copa de 2014.
Fonte: O Povo Online