A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) tem expectativa de que em torno de 9 mil MW em empreendimentos eólicos venham a ser habilitados nos leilões de energia programados para o final deste semestre.
Desse total, 6 mil MW são referentes a projetos aceitos, mas que não negociaram contratos no último pregão do ano passado. Os demais 3 mil MW são aproveitamentos que nem chegaram a ser habilitados por questões de documentação ou licenciamento ambiental.
Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, não prevê, a princípio, extensão do prazo final para inscrição de empreendimentos. Ele entende que os agentes que participaram do leilão anterior contaram com tempo hábil para fazer as atualizações e outras providências necessárias. “O mercado precisa se habituar ao fato de que há leilões todo ano e, portanto, se preparar para essa regularidade”.
Tolmasquim não arrisca previsão de preços para as próximas rodadas. Acredita que os valores já tiveram queda significativa e rápida a ponto de a tornar a modalidade no Brasil uma das mais competitivas em nível mundial e isenta de subsídios. Mas ele aposta nos avanços tecnológicos e na competição entre os vários fabricantes que passaram a atuar no país. “Quero ser surpreendido”, provocou.
O presidente da EPE está otimista em relação à comercialização de energia eólica no mercado livre e também quanto a adoção da modalidade por parte de autoprodutores. As condições para cálculo das garantias físicas, segundo ele, estão praticamente resolvidas.
Maurício Tolmasquim participou do segundo dia de trabalhos do Wind Fórum Brasil 2011, promovido pelo IQPC, em São Paulo.