Apesar da notícia ele preferiu acalmar os mais afoitos ao afirmar que ainda não foram feitas as perfurações necessárias para comprovar a descoberta.
A megarreserva de petróleo do pré-sal, anunciada em 2007 pelo governo como um bilhete premiado, pode ser mais extensa do que o previsto inicialmente pela Petrobras, isso porque a empresa confirmou que há indícios de hidrocarbonetos no litoral do Estado da Bahia. De acordo com o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, a empresa está pesquisando a existência de petróleo naquela região e que há esses indícios.
Apesar da notícia ele preferiu acalmar os mais afoitos ao afirmar que ainda não foram feitas as perfurações necessárias para comprovar a descoberta.
A informação de que a Petrobras estava prospectando as águas do litoral baiano, já havia sido levada ao conhecimento público, na semana passada, pelo governador daquele estado, Jaques Wagner (PT-BA), a região onde se concentram as pesquisas fica entre as cidades de Ilhéus e Belmonte.
Gabrielli, que esteve na sexta-feira em outro debate sobre o pré-sal, promovido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), em Brasília, afirmou que a estatal está desenvolvendo a planta de uma plataforma de liquefação para o gás extraído do pré-sal. Porém, até a conclusão da construção da nova plataforma, a Petrobras vai escoar a produção de gás do pré-sal por meio de um gasoduto, que ligará o campo de Tupi ao campo de Mexilhão, na Bacia de Santos.
Até o que se conhece atualmente da reserva ultraprofunda do pré-sal, segundo a Petrobras, se estende ao longo de 800 quilômetros engloba os estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, a profundidades que alcançam 7 mil metros em três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado é do tipo leve, que possui maior valor de mercado por ser mais fácil de refinar e produz derivados de maior valor agregado como a gasolina. As reservas anunciadas oficialmente pela Petrobras, Tupi e Iara, apenas, somam cerca de 14 bilhões de barris, praticamente o mesmo volume de reservas confirmadas que o País descobriu desde que começou a explorar e produzir petróleo, ainda na década de 50.
Segundo os projetos de lei para o pré-sal, a Petrobras será a única operadora da região. A empresa terá o mínimo de 30% de participação compulsória, enquanto que o restante deverá ser disputado em leilões. Essas disputas ainda não estão definidas, na visão do consultor David Zylbersztajn, ex-presidente da ANP, não deverão ocorrer antes de julho em função da tramitação no Congresso Nacional.