unitri

Filtrar Por:

< Voltar

Clippings - 08/08/11

Antaq dará resposta sobre projeto da Libra este mês

O futuro do projeto de unificação dos terminais do Grupo Libra no Porto de Santos será decidido nas próximas semanas. A informação foi dada pelo novo diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o ex-ministro dos Portos Pedro Brito, que chegou a visitar a sede da empresa, no Terminal 37 do cais santista, no mês passado. Os investimentos no projeto giram em torno de R$ 550 milhões e foram anunciados pela empresa em novembro do ano passado. A Codesp, estatal que administra o Porto de Santos, já aprovou o conceito do empreendimento. Falta o aval da Antaq, a agência reguladora do setor, que analisa o caso desde o ano passado. A ideia da Libra é deslocar a avenida e as linhas férreas que passam pelo meio dos terminais e reposicioná-las ao lado de seus muros externos, que separam a zona portuária da Avenida Mario Covas Júnior (ex-dos Portuários), anexando as instalações. Além disso, existe o plano de construir um novo berço de atracação no local onde funciona o Núcleo Marítimo da Polícia Federal (PF), que fica entre duas instalações da Libra em Santos, os terminais 35 e 37. A empresa, assim, unificaria seus dois trechos de costado. Com as obras, o cais da Libra, hoje com 1,1 quilômetro de extensão, passaria a ter 1,4 quilômetro. Mas a operadora manteria o total de quatro berços, porém eles teriam condições de receber navios maiores.

Hoje, a área ocupada pela operadora no Porto de Santos é de 170milmetrosquadrados. Com a implantação do projeto, passará a 240 mil metros quadrados. A capacidade está ticados terminais saltará de 12 mil para 22 mil TEUs (unidade equivalente a umcontêinerde20pés). É por conta do ganho na capacidade de movimentação de cargas que o novo diretor da Antaq, Pedro Brito, pretende dar agilidade à solução do caso na agência. Este terminal da Libra é um dos principais terminais do Porto de Santos e o nosso interesse é dar rapidez ao programa de expansão, declarou. Todo o investimento está atrelado a uma negociação financeira entre a operadora e a Codesp. A Autoridade Portuária calcula que a arrendatária lhe deve em torno de R$ 1 bilhão. A dívida é referente ao não pagamento integral das tarifas sobre a operação do Terminal 35. A Libra alega que isso ocorreu porque a Docas não entregou a instalação com a área e as condições previstas no edital de licitação. Em sua visita à empresa, no mês passado, Brito afirmou queesse projeto está realmente dependendo de uma providência da Antaq. Esta é uma das razões para eu estar aqui, para conhecer dentro da casa o que de fato está acontecendo.E chegando na Antaq, reunido com os colegas da diretoria, nós vamos tomar as providências para encaminhar a decisão rapidamente.

SANTOS BRASIL Em sua visita a Santos, além da reunião com os executivos da Libra Terminais, o diretor da agência reguladora foi recebido no Tecon, o maior terminal de contêineres do Porto de Santos, que fica na Margem Esquerda (Guarujá) do complexo e é operado pelo Grupo Santos Brasil. Esse segundo encontro ocorreu por conta da representatividade da Santos Brasil na movimentação de contêineres do cais santista.Quero conhecer como é que está a eficiência da operação do terminal e quais são os projetos que a Santos Brasil tem para o Porto de Santos,disse. No ano de 2010, passou pelo complexo santista o total de 1, 7 milhão de contêineres, o equivalente a 2.7 milhões de TEUs. Metade desse volume foi embarcada ou desembarcada pelos pátios do Tecon. Outros 27% foram movimentados nos terminais 35 e 37, do Grupo Libra. O Tecon registrou a operação de 889.642 contêineres, enquanto os terminais da Libra responderam por 479.998. O interesse de Brito não está restrito aos terminais de contêineres. Ele pretende visitar outros operadores do cais santista. Nas próximas visitas, daremos sequência a outros terminais, incluindo os da área do Saboó, os terminais de líquidos e granéis, afirmou. A intenção do diretor da Antaq é voltar ao Porto de Santos este mês.