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Clippings - 10/08/11

Três consórcios disputam navio plataforma de gás da Petrobras

Modelo inédito no mundo, desenvolvido pela estatal em parceria com a Repsol e o British Gas Group, será capaz de estocar e liquefazer 12 milhões de metros cúbicos de gás natural para transporte via marítimo.

A Petrobras recebeu ontem as propostas técnicas e comerciais dos consórcios que disputarão uma licitação para a construção de um navio plataforma (conhecido no jargão do setor FSO) capaz de estocar e liqüefazer gás natural para transportar por via marítima, Na disputa estão os consórcios formados pelas empresas Technip/Modec/JGC, SBM/Chyoda e Saipem, fornecedores da indústria do petróleo. Trata-se de um modelo Inédito no mundo, tocado pela estatal em parceria com a Repsol e a British Gas Group.

O orçamento total da operação ainda não foi divulgado por questões de concorrência. Segundo a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, o projeto contará com investimentos adicionais de USÍ 100 milhões, aplicados apenas pela companhia, recurso que será alocado apenas para tomar o projeto mais competitivo em termos tecnológicos já que se trata de tecnologia de ponta. ’’Optaremos por um dos três projetos e após isso aplicaremos nosso montante de investimento para torná-lo mais competitivo”, afirma.

O projeto foi elaborado há dois anos como forma de escoar a produção de petróleo e derivados da Bacia de Santos. A iniciativa acabou sendo atropelada pela construção da malha de Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste (Gasene) e também por conta da vantagem que a malha terrestre traz como forma de aproveitai’ o fornecimento de etano para a Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Mas, segundo Maria das Graças, o projeto continuou sendo tocado, tendo como principal objetivo o uso alternando de escoamento ao gasoduto. ’Um gasoduto fica refém de um pólo de produção de gás e a plataforma traz uma vantagem de cobrir uma lacuna aberta por qualquer problema de demanda1’, diz. O navio plataforma terá capacidade de liquefazer 12 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e poderá ate atender a outros países da América Latina.

Distribuição

Segundo Maria das Graças, a área de distribuição de gás contará com investimentos de US$ 12,9 bilhões, visto que US$ 300 milhões são de gás e energia referentes a área internacional, o que soma um total de US$ 13,2 bilhões. A maior parte dos investimentos serão dedicados a aumentar a distribuição e venda do insumo, uma vez que o ciclo de construção de gasodutos já foi encerrado.

A Petrobras aumentará sua capacidade de distribuição após a compra da Gás Brasiliano ao incorporar um mercado estimado de 831 mil metros cúbicos por dia, em 2011. Um dos projetos em estudo para aumentar o aproveitamento do negócio está na expansão do gasoduto de 91 quilômetros de extensão na região noroeste de São Paulo. Duas alternativas estão em estudo: a primeira de gasoduto de transporte e a segunda por meio de um modelo de distribuição com gasoduto de pequena pressão, que poderia gerar um crescimento de 150 quilômetros de abrangência. A perspectiva é ampliar o mercado da Gás Brasiliano para 2 milhões de metros cúbicos/dia até 2015.

Números

US$ 100 mi

é o investimento adicional alocado pela Petrobras no projeto para torná-lo mais competitivo em termos tecnológicos.

102 mi m3/d

é o quanto pode chegar a produção de gás natural da Petrobras em 2020.

US$ 12,9 bi

é a previsão de investimentos do setor de gás e energia entre 2011 e 2015. Não estão na conta US$ 300 milhões para aplicações no exterior.