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Clippings - 16/08/11

Lucro da Petrobras cresce 32% no 2o tri, para R$10,9 bi

De abril a junho, a maior empresa da América Latina obteve lucro líquido de 10,94 bilhões de reais, contra 8,3 bilhões de reais um ano antes. O resultado financeiro garantiu 2,8 bilhões do lucro, sendo 1,3 bilhão de reais de impacto cambial sobre a dívida da estatal e o restante gerado em aplicações financeiras.

Nosso resultado financeiro deste ano foi extraordinariamente melhor do que do ano passado, nossa dívida com o real valorizado ficou menor, disse o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, ao comentar o resultado da companhia no segundo trimestre nesta segunda-feira.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 16,14 bilhões de reais, contra 15,93 bilhões há um ano.

A receita total das vendas da estatal subiu 12 por cento no segundo trimestre ante o primeiro, para 61,47 bilhões de reais, com a colaboração do maior valor do petróleo exportado.

Isso foi refletido no resultado da área de exploração e produção, que ficou quase 3 bilhões de reais acima do verificado há um ano.

Por outro lado, o setor de abastecimento registrou perda de 2,28 bilhões de reais, ante perda de 108 milhões de reais no ano passado, já que a companhia está importando derivados, como gasolina e diesel, a preços mais elevados no exterior com o objetivo de atender a demanda no mercado brasileiro.

Houve substituição do etanol pela gasolina. Esse é um fator que leva a maior consumo de derivados (de petróleo) no país, afirmou Barbassa.

A balança comercial da companhia ficou negativa em 30 mil barris diários de petróleo no primeiro semestre do ano, acumulando no perãodo déficit de 1,2 bilhão de dólares. Mesmo assim, a companhia registrou lucro recorde de janeiro a junho, de 21,9 bilhões de reais contra 16,021 bilhões de reais um ano antes.

A Petrobras importou um volume médio de 150 mil barris/dia de óleo diesel no primeiro semestre do ano, para suprir a demanda no mercado doméstico, e uma média de 14 mil barris/dia de gasolina.

Barbassa admitiu que a falta de aumento nos principais produtos da empresa, como gasolina e diesel, pesou no resultado pelo fato de a companhia ter que comprar esses derivados no mercado internacional a preços maiores do que vende no mercado interno.

Mas, segundo ele, o custo médio é que vai ser um componente determinante, explicou, repetindo que a política de preços da Petrobras é de longo prazo. É um elemento que pesa no resultado, disse o diretor, que não aumenta o preço desses produtos desde 2008.

A Petrobras registrou no segundo trimestre aumento de 9 por cento nas vendas para o mercado interno na comparação anual. O preço de realização média no Brasil ficou em 104,54 dólares por barril, uma alta de 15 por cento em relação há um ano e bem próximo aos 109 dólares do mercado norte-americano.

Em reais, a alta foi de 5 por cento, informou Barbassa, atingindo 167,15 reais, bem distante do preço médio de realização nos Estados Unidos, de 195,77 reais o barril.

Acompanhando a alta do petróleo, os custos de extração da companhia também dispararam, subindo de 78,3 dólares por barril para 117,36 dólares por barril.

Nossos custos foram maiores com a alta do petróleo, a Participação Especial sobe, o custo de extração sobe, disse o diretor.

Barbassa minimizou os efeitos da crise nos planos da empresa de investir 224,7 bilhões de dólares até 2015, afirmando que há liquidez no mercado, e espera até que melhore para a Petrobras, depois que a Moodys elevou nosso rating, ressaltou.

Ele afirmou que se o preço do petróleo se mantiver acima de 80 dólares, a companhia não terá problemas de financiamento.