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Clippings - 17/08/11

Companhias estão mais influentes no transporte marítimo

Grandes players do mercado de commodities, que respondem por mais de 70% das exportações brasileiras, estão cada vez mais presentes no mercado de frete marítimo. Apesar da fragmentação do mercado de carga seca dificultar a influência individual dessas empresas sobre as taxas de transporte, agindo coletivamente, elas podem ter grande poder sobre esse mercado

O interesse das companhias é manter os custos do transporte marítimo o mais baixo possível, mas na busca por esse objetivo, elas adotam uma diversidade de estratégias de transporte de acordo com seus interesses. A maioria tem evitado ter seus próprios navios, geralmente optando por fretamento.

O mercado tem dado grande publicidade ao grande investimento da Vale em embarcadores para transportar minério para a China. A razão é o risco calculado de um melhor controle dos custos de transporte marítimo, uma vez que será dono e operará sua própria frota, ao invés de depender da volatilidade do mercado de transporte. O objetivo é ter frota capaz de transportar 60% de sua carga de minério do Brasil para outros países.

A rival Rio Tinto também tem investido, modestamente, em embarcações de minério, contratando um total de 11 navios e assinado um acordo de longo prazo com um armador do Japão. Além de satisfazer suas necessidades, que é principalmente fretamento de tonelagem. Ela afirma que seu modelo de negócios envolve exposição e gerenciamento de riscos de transporte.

Entre outras, há também a BHP Billiyon com uma estratégia contra investimento direto em embarcações, apesar de manter uma pequena frota de navios. Ou a Cargill que contrata 350 navios de uma vez só, para o transporte de minério de ferro e carvão.

Outro exemplo é a Glencore, maior comerciante de commodities, que tem uma extensa operação de carga, com mais de 200 navios fretados por vez. A companhia tem uma armadora subsidiária e joint ventures com operadores de carga.

A maioria das companhias mantém interesses limitados com o mercado de armadores e consideram maior o risco financeiro de manter frota própria do que ficar exposto aos preços do mercado de frete.