O Instituto Aço Brasil (IABr) anunciou hoje que previu para este ano a produção de 36,3 milhões de toneladas de aço bruto, 10,5% a mais do que em 2010, mas abaixo do previsto inicialmente (39,4 milhões de toneladas).
Segundo o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, essa revisão reflete principalmente a expectativa de menor crescimento do mercado interno devido ao desaquecimento da economia, à persistência de estoques elevados e à acirrada competição das importações, particularmente em setores consumidores intensivo em aço.
É fundamental a implementação de medidas que possibilitem a eliminação de assimetrias que prejudicam a competitividade da indústria com a consequente reversão do processo de desindustrialização e de primariazação das exportações do país, afirmou Lopes.
O IABr anunciou ainda que as exportações deverão alcançar 12,2 milhões de toneladas no valor de US$ 8,5 bilhões, com crescimento de 24,8% e 46,6% respectivamente, com relação ao ano de 2010. De acordo com o presidente executivo da instituição, isso aconteceu, principalmente devido ao incremento da capacidade de produção e oferta de placas de aço do setor.
Além disso, as importações devem fechar o ano em 3,4 milhões de toneladas no valor de US$ 4 bilhões, o que representará decréscimo de 42,4% e 27,3%, respectivamente. Apesar disso, as importações continuam sendo uma ameaça, na medida em que persistem as causas que induzem o aumento da entrada de aço no país: câmbio, guerra fiscal nos Estados e excedentes de aço no mercado internacional, apontou Lopes.
Ainda segundo ele, as vendas internas deverão crescer 8,9%, atingindo 22,5 milhões de toneladas no ano.
Dessa forma, o Instituto Aço Brasil informou que estima que o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos deve recuar 0,9% este ano em relação a 2010, atinjindo 25,8 milhões de toneladas neste ano. As vendas no mercado interno devem crescer 8,9%, atingindo 22,5 milhões de toneladas no ano.
A revisão reflete a expectativa de menor crescimento do mercado interno devido ao desaquecimento da economia e à persistência de estoques elevados, afirmou o presidente do IABr.
Sobre os novos investimentos, Lopes disse que os US$ 17,4 bilhões de investimentos em projetos anunciados no país para o perãodo de 2013-2016, representam um aumento da capacidade de produção do país de 11,7 milhões de toneladas em 2016.
O início efetivo da implantação de alguns dos novos projetos anunciados vai levar em conta o excesso da capacidade de produção mundial, estimada hoje em 532 milhões de toneladas e a recuperação do mercado internacional, explica o executivo.