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Clippings - 14/09/11

Eólicas sob medida no Brasil

A alemí Aerodyn está negociando a venda de licenças e a criação de aerogeradores sob medida para o mercado brasileiro. A empresa de engenharia é especializada no desenvolvimento de equipamentos eólicos para terceiros e atua hoje, principalmente, na China.

Peter Krämer, chefe de design da Aerodyn, afirma que o mercado brasileiro é bastante promissor, mas tem preços muitos baixos, que estão sendo o principal entrave para sua atuação. “O preço é a maior dificuldade, porque trabalhamos principalmente com empresas que não são do setor e querem entrar no mercado. Se os preços estão baixos, fica difícil atrair as empresas”, afirma.

Apesar de comum em outros países, esse modelo de negócio é diferente do adotado no Brasil, onde praticamente todos os fabricantes de aerogeradores já eram do ramo. A exceção é a WEG, que se associou ao grupo espanhol MTorres para fabricar turbinas eólicas.

A China, por exemplo, começou a desenvolver seu mercado comprando projetos prontos de empresas como a Aerodyn, conhecidas como “boutiques”. Posteriormente, as companhias asiáticas foram dominando a tecnologia e desenvolvendo seus próprios aerogeradores. Ainda hoje, porém, há players que continuam usando licenciamentos, como United Power, Ming Yang e CSYC.

Segundo o executivo, a maior vantagem desse modelo de negócio é o alto conteúdo local. “É possível ter, desde o início, um grande percentual de fabricação local, entre 70% e 75%”, diz.

Em operação desde 1983, a companhia é uma das mais antigas do setor. Estudo da consultoria BTM, citado por Krämer, aponta que os modelos desenvolvidos pela empresa somam 10% do mercado mundial de aerogeradores. “Nosso maior mercado hoje é a China, onde temos cerca de 20 licenças de equipamentos, mas estamos procurando diversificar e fechar contratos em outras partes do mundo, como Índia, África e América do Sul.”