Quase US$ 21 bi em cinco anos. Estatal prevê a entrada em operação de 17 sistemas de produção até 2017.

Para detalhar os mais de US$ 20,9 bilhões que a Petrobras aplicará no Estado de São Paulo nos próximos cinco anos, o presidente da estatal de petróleo, José Sergio Gabrielli e diretora de Gás e Energia, Graça Foster, participaram de reunião nesta quarta-feira, em São Paulo, com o governador Geraldo Alckmin, e o secretário estadual de Energia, José Aníbal.

De acordo com Gabrielli, deste total, US$ 8,248 bilhões serão investidos em projetos da área de Exploração e Produção; US$ 9,851 em Refino, Transporte e Comercialização, além de US$ 1,575 bilhão para Biocombustíveis, entre outros projetos. Este montante alcança mais de US$ 29 bilhões se considerado o aporte da Petrobras e seus parceiros no estado.

Impacto do pré-sal

O presidente da Petrobras falou do impacto que o pré-sal provocará na região, citando como exemplos: a Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba; a conclusão da aquisição da concessionária Gas Brasiliano Distribuidora (GBD); e a consequente necessidade de ampliação da rede dutoviária para atender a região noroeste do estado.

A Petrobras também prevê para os próximos anos a entrada em operação de 17 sistemas de produção até 2017 em São Paulo, a conclusão do ciclo de investimentos para melhoria da gasolina e diesel nas refinarias paulistas, a expansão da presença da Petrobras na produção de álcool, além da necessidade de expandir as bases de apoio para atividades da Petrobras na Baixada Santista.

Barbassa no Ibef

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, falou sobre a importância do mercado brasileiro para o crescimento da companhia, durante apresentação do Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobras, no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), no Rio.

Barbassa destacou que, com o crescimento da produção previsto para a próxima década, a Petrobras será uma das empresas do setor líderes entre as companhias com ações negociadas em bolsa.

O Brasil é hoje o sétimo consumidor de petróleo no mundo e é um dos que mais crescem. Nos últimos dois anos, o consumo de derivados no país teve crescimento acumulado de 20%. Esse aumento é maior do que o crescimento do PIB no perãodo, dimensionou Barbassa, reforçando que a companhia tem posição consolidada no mercado nacional.

Ao detalhar os investimentos na área de Exploração e Produção, o diretor informou que no pós-sal, a área de Exploração receberá a maior parte dos investimentos. Já no pré-sal, o maior volume de recursos até 2015 será destinado ao desenvolvimento da produção. O diretor também abordou o crescimento da companhia na área de biocombustíveis: Temos no Brasil um conjunto de oportunidades inigualável no mundo. Barbassa falou ainda sobre o impacto das novas plataformas no crescimento da produção.

Novas tecnologias

O executivo informou que a Petrobras testará, ainda esse ano, novas tecnologias para aumentar a capacidade de produção das plataformas, tais como a separação submarina de água e óleo, com a reinjeção de água. Muitas das nossas plataformas hoje são limitadas pelo volume processado, que é uma mistura de óleo e água. Vejamos o exemplo de uma plataforma que tenha capacidade para processar 180 mil barris por diários de petróleo. Se a água corresponder a 50% desse volume, a real capacidade será de 90 mil bpd. Fazendo a separação no fundo do mar e a reinjeção da água, só levaremos petróleo para a plataforma, aumentando sua capacidade, explicou.

Essa tecnologia está com protótipo pronto e será testada até o fim desse ano. É uma grande oportunidade. Isso diminuiria até o custo de construção de uma plataforma, pois reduziria seu tamanho, concluiu.