A empresa de tecnologia da informação Red Hat planeja ampliar sua atuação no mercado de petróleo e gás mundial e vai usar o Brasil como modelo para o seu crescimento.

O mercado de óleo e gás brasileiro será um laboratório, segundo o gerente de Desenvolvimento de Negócios para a indústria de O&G da companhia, Rafael Semedo. “Estamos nos preparando para expandir nosso portfólio na área. Seremos modelo de atuação no setor de óleo e gás para a empresa no resto do mundo”, afirma o executivo, que é geofísico de ofício e foi contratado para trabalhar no escritório inaugurado pela Red Hat há três meses no Rio de Janeiro. A expectativa de Semedo é elevar de 10% para 25% nos próximos cinco anos a participação do setor de óleo e gás na receita total da empresa no país. O executivo aposta na forte demanda das companhias por sistemas operacionais opensource (de código aberto), em detrimento de sistemas proprietários, para facilitar a integração de suas aplicações e reduzir custos.

Além de fornecer a subscrição de sistemas do tipo, a Red Hat oferece serviços de certificação de produtos de hardware, software, suporte e consultoria. “Até o ano 2000, as áreas de TI eram, em sua maioria, criadas dentro das empresas. Nos últimos anos, passaram a deixar o middleware e contratos de aplicações a cargo de empresas especializadas, via contratos diretos com fornecedores”, explica o executivo, que vê na tendência de as empresas dedicarem-se cada vez mais a seu core business a principal razão para isso. “São companhias de óleo e gás, não de TI”, observa Semedo.

A Red Hat também capacita profissionais em seus centros de treinamento em São Paulo e no Rio de Janeiro, que têm sido procurados por engenheiros de sistemas com a intenção de se qualificar para atuar na indústria de petróleo e gás. A empresa também tem escritórios em São Paulo e Brasília de onde são coordenados serviços de segurança, gerenciamento de infraestrutura e padronização a empresas do setor de energia elétrica.