Inscrições somam 24.253MW em 377 projetos, que também contemplam PCHs e biomassa.
O leilão de energia A-5 (suprimento em 2016), que será realizado em 20 de dezembro deste ano, contará com 377 projetos inscritos num total de 24.253MW de capacidade instalada. Desse potencial, mais da metade (53%) corresponde às termelétricas a gás natural, com 34 projetos e 12.864MW; as eólicas lideram em número de parques, com 296 e 7.486MW; as hidrelétricas, 14 no total, somam 2.160MW em novas concessões (10) e 584,3MW em ampliações (4).
A dezena de UHEs que será licitada contempla dois aproveitamentos do rio Teles Pires – São Manoel (700MW) e Sinop (400MW) – e mais cinco do Parnaíba: Cachoeira (63MW), Castelhano (64MW), Estreito Parnaíba (56MW), Ribeiro Gonçalves (113MW) e Uruçuí (134). Esta última, assim como a UHE Riacho Seco (276MW), no rio São Francisco, não tem perspectiva de obtenção de Licença Ambiental Prévia para o leilão, conforme consta no próprio documento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgado nesta quarta-feira (28/9).
Completam a lista de novas hidrelétricas as usinas de Cachoeira Caldeirão (219MW), no rio Araguari, e São Roque (135MW), no rio Canoas. Ainda na fonte hídrica, são 19 PCHs inscritas no certame, num total de 302,6MW.
Eólicas
As 296 eólicas, em 7.486MW, estão principalmente no Rio Grande do Sul, com 84 empreendimentos que somam 2.226MW. No Nordeste, as plantas ficam principalmente no Rio Grande do Norte (70 usinas e 1.795,2MW), Ceará (60-1.431,8MW) e Bahia (56-1340MW). Ao todo, aproveitamentos de geração com a força dos ventos estão cadastrados por oito estados.
Termelétricas
As 34 usinas a gás natural inscritas, num total de 12.864,9MW, estão em 11 estados brasileiros. Em capacidade, a maior parte fica no Rio de Janeiro, com cinco parques que somam 2.986,1MW; em número de plantas quem lidera é o Espírito Santo, com seis plantas (1911,2MW).
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, avalia que o resultado final do processo de cadastramento reforça o interesse dos investidores em termelétricas a gás natural em participar dos leilões de energia, o que já se verificou na disputa promovida no mês passado; contudo, observa Tolmasquim, será necessário verificar se esses projetos têm a garantia de fornecimento de combustível – condição indispensável para que sejam habilitadas a participar do leilão, divulgou a assessoria do órgão de planejamento.
Biomassa
As usinas que utilizam o bagaço de cana-de-açúcar somam 696MW em 12 empreendimentos, sendo sete deles em São Paulo. O cavaco de madeira tem dois projetos inscritos, com 159,8MW de capacidade instalada, localizados na Bahia e em Roraima.
Mais informação sobre o leilão A-5 no site da EPE: http://epe.gov.br/imprensa/PressReleases/20110928_1.pdf