A Petrobras protocolou no Ibama, no início deste mês, a documentação necessária para obter o licenciamento ambiental da base de apoio logístico à exploração de petróleo e gás na Bacia de Santos. A unidade será construída ao lado do Núcleo da Base Aérea de Santos, em Guarujá.
O empreendimento contará com porto, aeroporto e área para o armazenamento de mercadorias. O projeto é desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Guarujá, Aeronáutica e Governo de São Paulo.
Ao todo, a empresa receberá três tipos de licenças, a serem emitidas pelo órgão ambiental durante as diferentes fases do projeto.
A primeira é a Licença Prévia (LP), solicitada na fase de planejamento. Em seguida, aparece a de Instalação (LI), que autoriza o início da obra.
Por último, a firma receberá a de Operação (LO), permitindo que a unidade logística entre em funcionamento. O processo de licenciamento inclui audiências públicas e análise do material enviado pela firma para que seja verificado o impacto ambiental de todo serviço.
O licenciamento é o primeiro passo para concretização do projeto, que ainda terá que passar por licitação para escolha da empresa que tocará a obra. O projeto da Petrobras prevê um aeroporto com capacidade para 30 aeronaves e movimentação anual de 270 mil passageiros.
Para isso, a empresa pretende construir um terminal de 4.500 metros quadrados, pátio de estacionamento para as aeronaves, hangares de manutenção e parque de abastecimento, além de uma pista de pouso e decolagem.
A pista de pouso e decolagem terá 1.390metrosdeextensão e 43 metros de largura medidas próximas da pista auxiliar do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e ainda da pista principal do Aeroporto Santos Dumont, que fica no Rio de Janeiro. Já o porto demandará a implantação de molhes, diques, entre outras estruturas rígidas, dois pátios de armazenagem (de 30 mil metros quadrados e 540 mil metros quadrados, no pré-embarque e na retro área, respectivamente), dois armazéns de carga (de 11.800 metros quadrados e 35 mil metros quadrados) e terminal com oito píeres de atracação para o recebimento de oito embarcações do tipo supply boats (barcos de apoio).
A previsão é que o empreendimento seja concluído entre 2014 e 2016. O objetivo é atender a demanda de exploração de petróleo e gás nos campos da Bacia de Santos. Estimativas apontam que até 2020 o Brasil dobrará a exploração de petróleo e gás, chegando a 4 milhões de barris por dia.
Nesse cenário, acredita-se que a Bacia de Santos deverá se tornar a principal produtora, principalmente por conta do pré-sal.
Atualmente, o destaque é a Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro. Com o crescimento, haverá incremento no transporte terra-mar de peças, equipamentos, fluidos, alimentos e água potável, além de pessoas por isso a necessidade de a Petrobras construir essa base de apoio logístico na região.
TRANSPORTE Futuramente, quando as obras estiverem concluídas, a Petrobras deverá utilizar o Estuário de Santos para o transporte de funcionários entre a base logística e a futura sede da empresa, na região do Valongo, em Santos.