DÉFICIT A intensa atividade dos portos brasileiros, que movimentaram 2,45 milhões de contêineres no primeiro semestre de 2011, não exclui a necessidade de uma infraestrutua qualificada para garantir melhor eficiência operacional. Segundo a Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), “as dificuldades impostas pela precariedade dos acessos estão no topo da lista de prioridades”, necessitando investimentos para corresponder à elevada demanda dos próximos anos.
PERSPECTIVA Apesar da defasagem estrutural, o presidente da Abratec, Sérgio Salomão, acredita que a perspectiva de fechamento de 2011 seja superior a 5 milhões de contêineres movimentados, alta de 10% em relação ao ano passado, confirmando assim o recorde de movimentação dos portos brasileiros. Santos (SP) foi quem mais contribuiu com 891,7 mil contêineres, logo abaixo vem Itajaí (SC), com 289 mil unidades, Paranaguá (PR), com 197,2 mil e Rio Grande (RS), que obteve 195,8 mil contêineres.
INVESTIMENTOS O cenário ficará mais promissor quando os investimentos em terminais de contêineres de uso público atingir US$ 5 bilhões até 2015, de acordo com a visão da Abratec. Esta quantia será destinada à expansão das áreas (berços de atracação e pátio) para atender aos navios de linhas internacionais que passarão a frequentar portos brasileiros.
REFERÊNCIA No Rio de Janeiro, a expansão do porto permitirá o nascimento do maior cais contínuo para contêineres da América do Sul, com aproximadamente 2 mil metros de extensão e poder de movimentação de 2 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 metros), em comparação aos atuais 500 mil. Entretanto, no porto carioca, as operações serão privadas e deverão investir cerca de 1,2 bilhão, em obras e equipamentos, até 2014.