Conferentes pedem reajuste salarial de 7% e garantia de emprego.
Paralisação em SC começou na noite de quinta-feira.
A greve dos conferentes do Porto de Itajaí, em Santa Catarina, iniciada na quinta-feira, impediu ontem, quarta-feira (2) a atracação do navio HSBach, que carregava cerca de 450 contêineres, nesta quarta-feira.
Segundo a APM Terminals, concessionária do terminal no litoral Norte catarinense, o objetivo da empresa era o de fazer a operação normal de desembarque e, por isso, seguiu todos os procedimentos de solicitação da mão de obra, convocando todas as categorias (estivadores, arrumadores e bloco).
Apenas os conferentes não se dispuseram a realizar o trabalho, inviabilizando a operação do navio. Com isso, a embarcação já deixou o Porto de Itajaí e o armador está buscando uma nova alternativa, informou a empresa, em comunicado.
Os 54 conferentes reivindicam reajuste salarial de 7% para repor perdas com a inflação e regras para a contratação de conferentes com vínculo empregatício.Uma reunião que se estendeu por toda a tarde de terça-feira se encerrou sem acordo.
Segundo a APM Terminals, a paralisação já obrigou 10 navios a mudarem suas rotas para outros portos e cerca de 6 mil contêineres deixaram de ser movimentados em Itajaí.
Segundo o presidente do Sindicato dos Conferentes do Porto de Itajaí, Laerte Miranda Filho, a maior reivindicação é a garantia de emprego para os 54 conferentes que trabalham no local, em sistema de trabalho avulso, mediante requisição. A APM quer contratar 24 conferentes. Queremos que seja tomada alguma atitude para garantir o emprego dos outros 30, afirmou.
A APM Terminals adirma que vem negociando com a categoria desde fevereiro e que buscou alternativas legais, como a contratação eventual de conferentes próprios para a empresa. A APM Terminals é a maior interessada em retomar as condições normais de trabalho no Porto, mas não pode ser por meio de imposições de uma minoria, afirmou a empresa na terça-feira, em nota