A Petrobrás informou que assinou nsexta-feira (10) contratos com as empresas Sete Brasil, Odebrecht e Etesco para o afretamento e a operação de nove navios-sonda de perfuração. Os navios serão construídos no Brasil, com porcentuais de conteúdo local variando de 55% a 65%. Após a construção, as sondas serão afretadas à Petrobrás por um perãodo de 15 anos. Com essa operação, a companhia conclui o processo de contratação de 21 sondas negociadas com a Sete Brasil.
Dos seis navios-sonda a serem construídos no Estaleiro Enseada Paraguaçu, em Maragogipe (BA), quatro serão operados pela Odebrecht e dois pela Etesco. Esse estaleiro está em fase inicial de construção. Os outros três navios-sonda de perfuração serão construídos no Estaleiro Rio Grande 2, no município de Rio Grande (RS), todos operados pela Etesco. O estaleiro Rio Grande 2 está em ampliação para atender ao crescimento da demanda da construção naval no Brasil.
Essas nove unidades serão entregues a partir de 2016 e serão destinadas principalmente à perfuração de poços no pré-sal da Bacia de Santos, incluídas as áreas da cessão onerosa. Essas sondas poderão operar em profundidades de água de até 3 mil metros.Com isso, o valor total dos contratos para o polo naval gaúcho ultrapassaria US$ 2 bilhões.
Procurada, a Ecovix informou que, apesar de existir uma carta de intenções com a Sete Brasil, o contrato entre as duas empresa deve ser assinado apenas na próxima semana.
– É muito significativo, porque o ERG 2 é contratado para fazer equipamentos de alta tecnologia. Até agora os contratos com a Petrobras em Rio Grande eram para plataformas de produção, que fazem a extração do petróleo – avalia o diretor vice-presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Aloísio Nóbrega.