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Clippings - 04/09/12

EUA autorizam Shell a preparar-se para explorar petróleo no Ártico

O Departamento do Interior norte-americano autorizou a companhia petrolífera Shell a começar os trabalhos preparatórios para o seu primeiro poço no oceano Ártico, ao largo do Alasca.

O secretário do Interior norte-americano, Ken Salazar, disse que a Shell poderá avançar com os primeiros trabalhos de perfuração do Mar Chukchi, no Árctico, noticia o jornal New York Times deste sábado. Com esta decisão, a Shell espera conseguir completar os dois poços de exploração previstos na região antes que as condições climatéricas se tornem demasiado adversas e não o permitam.

Esta “luz verde” satisfez a companhia, que prepara há seis anos as suas atividades no Ártico. “O anúncio é extremamente excitante. Estamos à espera deste momento há anos”, disse o vice-presidente das operações da Shell no Alasca, Pete Slaiby, citado por aquele jornal. Mas ambientalistas receiam que nem a Shell nem o Governo estão preparados para lidar com os riscos da exploração petrolífera numa ambiente tão rico e frágil como o do Ártico.

A autorização preliminar permite à companhia perfurar até aos 426 metros de profundidade, longe do potencial reservatório a que pretende chegar, segundo o jornal Financial Times. Ken Salazar disse que a Shell não será autorizada a perfurar a maiores profundidades até que estejam no local os mecanismos de defesa e de contenção necessários.

A grande maioria destes sistemas está a bordo do navio Arctic Challenger, que está a ser renovado na cidade portuária de Bellingham mas ainda aguarda certificação pela Guarda Costeira norte-americana. A Shell espera obter essa aprovação ainda durante esta semana para começar as perfurações antes do final de Setembro.

Ainda assim, Ken Salazar entendeu que os passos iniciais colocam poucos riscos de um derrame ou fuga de poluentes.

Opinião diferente tem o advogado da organização Natural Resources Defense Council. “Esta medida é como se um inspector de uma obra deixasse o construtor de um arranha-céus começar a trabalhar sem ter os planos de segurança concluídos. [Esta medida] é prematura e é errada, especialmente quando está a acontecer num dos locais mais intocados do planeta.”