Moçambique apresentou um estudo que explora vários cenários para tirar proveito das enormes jazidas de gás natural descobertas no mar que podem render 5,2 bilhões de dólares por ano ao tesouro público em 2026.

O estudo, uma espécie de roteiro destinado às autoridades, foi financiado no quadro de uma iniciativa conjunta do Banco Mundial e do governo norueguês para ajudar países em desenvolvimento a gerir adequadamente os seus recursos de hidrocarbonetos, tanto do ponto de vista de receitas fiscais como das questões ambientais e da população local.

Este é uma ferramenta que vai guiar o governo, sublinhou a ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, durante uma conferência de imprensa.

A longo prazo, a indústria de gás natural poderá criar mais de 70.000 postos de trabalho, mas principalmente técnicos e quadros, o que ajudaria a atenuar o problema do desemprego que afecta uma grande parte da população.

Moçambique está prestes a tornar-se um fornecedor-chave de gás natural e de carvão devido às descobertas de grandes reservas moçambicanas, calculadas em 3,681 bilhões de metros cúbicos.

País produtor de petróleo, a Noruega tem um fundo soberano do qual Moçambique pode se inspirar. Uma outra opção seria a criação de um banco nacional desenvolvimento, propriedade do Estado, para melhor partilhar a riqueza proveniente do gás.