Os desembolsos do BNDES para o setor de petróleo e gás no ano devem chegar a R$ 8 bilhões, dos quais R$ 3,8 bilhões para a cadeia de fornecedores, afirmou o presidente da instituição, Luciano Coutinho. Se incluído o setor petroquímico, a estimativa de desembolso sobe para R$ 10 bilhões.
A projeção para este ano é influenciada pela linha de crédito de até R$ 9,4 bilhões que a instituição abriu para a Petrobras, dos quais a companhia já contratou cerca de R$ 3 bilhões, segundo Coutinho.
Como base de comparação, no ano passado, o valor liberado para óleo e gás foi de R$ 3,3 bilhões, dos quais R$ 2,2 bilhões para a cadeia.
Para o presidente, a expectativa maior de empréstimos é com a linha de produção, que será puxada pelo aumento das encomendas da Petrobras. A tendência é que o setor divida papel de grande ator da economia nacional com a indústria automobilística, comentou o executivo.
De janeiro até julho deste ano o BNDES desembolsou um total de R$ 67,9 bilhões, aprovou R$ 86,8 bilhões e atingiu os R$ 138,7 bilhões em consultas. O setor elétrico teve acesso a créditos de R$ 7,136 bilhões, ou 10,5% dos empréstimos efetuados pelo banco. Outros R$ 7,621 bilhões foram aprovados, no perãodo. À indústria química e petroquímica coube uma parcela de 7,35% dos aportes, ou R$ 5 bilhões, mais R$ 13,77 bilhões em aprovações. Os reflexos das consultas serão sentidos, segundo Coutinho, a partir do primeiro semestre de 2013.