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Clippings - 12/09/12

Cresce expectativa sobre nova reunião do FMM

No próximo dia 5 será realizada a última reunião do ano do Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante(FMM). Há razoável expectativa no meio privado, pois, até agora, os valores liberados pelo FMM estão abaixo dos níveis do ano passado.

Com o setor em enorme efervescência e as críticas, feitas no início do ano, pela Petrobras, de que a construção naval tinha de mostrar que estava preparada para cumprir as ousadas metas do setor, seria ilógico se aprovar valores inferiores no FMM, uma vez que as encomendas de barcos e plataformas para o pré-sal ainda vêm por aí.

Ou seja, com enormes perspectivas para a construção naval, não seria razoável ver-se o FMM fechando a torneira. Em 2011, o FMM liberou R$ 2,74 bilhões e, em seis meses de 2012, o nível alcançado é inferior a 50% do total do ano passado, tendo chegado a R$ 1,18 bilhão.

O FMM tanto financia navios e plataformas como dá crédito à implantação e expansão de estaleiros. Foram inaugurados recentemente os estaleiros Aliança Offshore-São

Gonçalo e Inhaúma (ex-Ishibrás), ambos no Estado do Rio. Em implantação, estão alguns gigantes, como Jurong Aracruz (ES), STX-Promar (PE), Paraguaçu (BA), OSX-São João

da Barra (RJ), CMO (PE), Oceana (SC), Wilson, Sons (RS) e Rio Tietê (SP). Com licença de implantação está o EBR, de São José do Norte (RS). E o Caneco, no Rio, hoje usado de forma limitada, deverá ser finalmente liberado pela justiça.

Nos bastidores, começa a surgir uma polêmica em relação ao FMM: pressão para queda nos juros. Desde que foi criado, em 1958, por Juscelino Kubitschek, o FMM atua com juros abaixo do mercado, o que os estaleiros não consideram subsídio, mas um benefício para compensar o Custo Brasil frente ao Custo Mundo e, especialmente, o Custo Ásia.

Nos últimos anos, com juros estratosféricos no mercado, o nível aplicado pelo Fundo sempre foi muito elogiado. Varia de 2,5% a 5%, conforme características da empresa e o índice de utilização de itens nacionais. No entanto, com os juros próximos de zero na Europa e Estados Unidos e em queda no Brasil, empresários do mar iniciaram um trabalho para pedir nova redução nos juros do FMM, de modo que o diferencial se torne, cada vez mais, um fator para estimular o mercado interno e equilibrar os preços finais com os aplicados no resto do mundo.