O Brasil pode estar entre os cinco maiores detentores de reservas de gás não convencional do mundo, mercado hoje dominado por EUA e China. Teria potencial semelhante ao de grandes produtores, como Argentina e México. A informação foi dada ontem ao Globo por Marcos Tavares, presidente da Gas Energy, empresa de consultoria do setor de gás natural, que está participando da Rio Oil & Gas no Riocentro. O executivo lembra que a vantagem desse gás é que poderá ser produzido no interior do país, que hoje não recebe o gás convencional, quase todo oriundo das plataformas offshore: “com o desenvolvimento dessas reservas, poderíamos realmente interiorizar o gás no Brasil, e atrair muitas novas empresas médias e pequenas para esta produção e comercialização, com rodadas da ANP específicas para este segmento da nossa indústria.”
Segundo Tavares, sem grandes pesquisas, o país ainda pode alcançar reservas de 500 TCF. Esta é a medida usada pelo setor: um TCF é a possibilidade de fornecer quatro milímetros cúbicos por dia de gás por 20 anos. Hoje, o Brasil tem 13 TCF de reservas provadas e 25 de reservas totais.