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Clippings - 29/10/12

Petrobras reverte prejuízo e anuncia lucro de R$ 5,56 bi

Resultado do 3º trimestre recua 12,1% em relação ao mesmo perãodo de 2011, mas supera perda de R$ 1,346 bilhão do trimestre anterior.

A Petrobras anunciou ontem ter obtido um lucro líquido de R$ 5,567 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 12,1% em comparação com os R$ 6,336 bilhões registrados no mesmo perãodo de 2011.

O resultado mostra que a companhia conseguiu no perãodo de julho a setembro superar o impacto do prejuízo recorde de R$ 1,346 bilhão registrado no segundo trimestre de 2012 e inédito havia dez anos.

No acumulado de 2012, mesmo com o prejuízo do segundo trimestre, o lucro líquido da Petrobras já é de R$ 13,435 bilhões. A quantia, no entanto, representa 52% menos do que o registrado no mesmo intervalo (janeiro-setembro) do ano passado.

No informe distribuído ao mercado, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, sustenta que a reversão do resultado anterior é consequência dos reajustes nos preços da gasolina e do diesel em junho e julho. Ela cita também o aumento da produção de diesel nas refinarias, os gastos menores com baixas de poços secos ou subcomerciais e a estabilidade do dólar em relação ao real. Embora os resultados tenham sido até certo ponto melhores, nós persistimos trabalhando com determinação e foco na recuperação da rentabilidade da companhia, empenhados em melhorar nosso desempenho, disse a presidente, que, não fala, nas 31 linhas do comunicado, na possibilidade de reajustes futuros, reivindicação da estatal com o governo federal, seu principal controlador.

No comunicado, Graça Foster lamenta a queda da produção de óleo no terceiro trimestre. A produção total de óleo e gás natural somou 2,523 milhões de barris diários no trimestre, o que significa um decréscimo de 2,2% em relação ao terceiro trimestre de 2011. Quanto ao trimestre anterior, a queda foi de 2,1%. A presidente cita como causa da retração produtiva as paradas operacionais por prazos mais longos do que o planejado, especialmente em setembro.

Essas paradas são fundamentais para garantir a segurança operacional e o retorno sustentável da produção, justificou ela, acrescentando confiar que o Programa de Aumento da Eficiência Operacional (Proef) e a entrada em operação de novas unidades nos campos de Chinook (águas profundas no Golfo do México), e Baleia Azul (pré- sal na Bacia de Campos), contribuirão para a manutenção da produção estável em 2012.

Segundo Graça, os primeiros resultados do Proef na Bacia de Campos já são animadores, pois, lançado em abril, o programa já contribuiu com um volume de 16,7 mil barris diários na média da produção do ano.

Equilíbrio. A Petrobras informou que a redução de 3% na produção de petróleo e LGN (menos 66 mil barris de petróleo diários) resultante das paradas para manutenção e do declínio natural da produção foram compensados, principalmente, pela maior produção do Campo de Lula (mais 9 mil barris/ dia), pelo início da produção do Campo de Baleia Azul (6 mil barris) e pelo menor volume de perdas operacionais (17 mil barris).

No acumulado de janeiro a setembro, a produção estacionou em 2,592 milhões de barris por dia. O resultado é pouco menor que os 2,605 milhões barria diários produzidos no mesmo intervalo de tempo do ano passado.

No ano, até setembro, houve um avanço de 7% nas importações de derivados de petróleo para atender à expansão da demanda interna, principalmente da gasolina e do diesel. Houve também uma redução de 5% nas exportações de derivados, especialmente óleo combustível, por causa de sua conversão em diesel para atender ao mercado interno.

As exportações de petróleo caíram 9% no perãodo em relação a 2011, em razão da menor produção de petróleo e ao aumento de 2% da carga fresca processada nas refinarias.

Houve também uma maior importação de petróleo, para adequar o perfil de refino às necessidades do mercado interno e reduzir a necessidade de importação de derivados. O déficit comercial de petróleo e derivados até setembro foi de 164 mil barris/dia. No (terceiro) trimestre, houve aumento das importações de derivados, principalmente gasolina, visando atender ao crescimento do mercado interno, com ligeira redução do nível de importação de diesel por causa do aumento da produção nas refinarias, informou a companhia.