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Clippings - 13/11/12

Navio argentino está sem água e energia

O ministro de Defesa da Argentina, Arturo Puricelli, confirmou que as autoridades de Gana cortaram o fornecimento de água e de energia à fragata Libertad, o navio-escola da marinha argentina que está retido no Porto de Tema desde o dia 2 de outubro por um embargo concedido pela justiça.

“É uma clara violação dos direitos humanitários internacionais”, afirmou Puricelli, em uma declaração realizada à imprensa, ontem, na Casa Rosada. O governo argentino vai recorrer a um tribunal internacional para recuperar a fragata.

Ao lado do ministro de Defesa, o chanceler Héctor Timerman afirmou que, esgotados todos os recursos legais apresentados pela Casa Rosada contra o “embargo ilegal”, termina hoje o prazo para que a Justiça de Gana libere o navio-escola para seu regresso ao país. Caso contrário, a Argentina vai recorrer ao Tribunal de Mar, com sede em Hamburgo (Alemanha), onde já se encontra uma missão da chancelaria.

“Amanhí (hoje) vencem todos os prazos para que governo de Gana suspenda o embargo, reconhecendo a Convenção de Direito do Mar, pelo qual um navio de guerra não pode ser embargado. Depois disso, no dia 14, a Argentina fica habilitada para apresentar-se perante o Tribunal de Mar, afirmou Timerman.

O chanceler disse que seu país “não está em desacato”. “Está em desacato quem não aceita uma medida de não inovar da Justiça de Gana”, afirmou em referência às autoridades portuárias que tentaram abordar a embarcação para trasladá-la a outro cais do porto e foram afugentados com ameaças armadas da tripulação argentina, na semana passada.

“FUNDOS ABUTRES” Timerman também ressaltou que “todos os embargos sofridos pela República Argentina foram produtos de ações dos fundos abutres (especulativos) e não de nações soberanas”.

O navio-escola da Marinha argentina atracou no Porto de Tema, em 2 de outubro, para uma visita oficial, acertada com o governo de Gana. Timerman recordou que, no mesmo dia, foi realizada uma cerimônia oficial com participação de autoridades civis e militares de Gana e a embaixadora argentina na Nigéria.

E nessa data, às 20 horas, um oficial de Justiça apresentou um ofício assinado pelo juiz comercial de primeira instância de Acra, Adjei Frimpong, ordenando a detenção do navio.