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Clippings - 06/01/12

Energias renováveis: solar em pauta… eólica em expansão !!!

A Agência Internacional de Energia (EIA) compilou uma publicação sobre as perspectivas da energia solar na conferência das Nações Unidas (ONU), ainda em dezembro.

O assunto é tratado como imprescindível para organização, da qual o documento ressalta a crescente importância na energia solar entre as principais fontes renováveis do planeta.

A informação é que em médio prazo, a energia solar será consumida majoritariamente pelos países da Europa e sua transmissão se dará em altíssimas voltagens em corrente contínua, para reduzir perdas.

A tendência é se aproveitar os altos níveis de radiação solar que atingem o Oriente Médio e o norte da África, sendo assim, estas regiões as responsáveis pelo abastecimento da Europa.

Não é nenhuma novidade o fato da energia solar ser uma fonte cara de energia, apesar disso, existe um otimismo em relação ao aumento de sua utilização na matriz energética global.

Isto se dá não só pelos possíveis avanços tecnológicos que irão baratear sua produção, mas também pela flexibilidade desta fonte em se adaptar a demanda mediante sua alta capacidade de armazenamento.

Além disso, acredita-se que essa indústria pode movimentar a economia e gerar muitos empregos nos países emergentes, como a África do Sul, a exemplo do que aconteceu na Espanha, onde a base fabril de componentes para a indústria solar já existe e criou 24 mil empregos.

Ou seja, as medidas previstas pela EIA vão ao encontro da luta contra as mudanças climáticas, da segurança energética, além da criação de empregos, redução da pobreza, e possibilidade de industrialização das áreas ao redor dos grandes centros de radiação solar. Estima-se que o desenvolvimento da energia solar nos mercados emergentes podem mudar a vida de 1,4 milhões de pessoas.

Ainda, frases de efeito usadas pela EIA, como: “Noventa minutos de radiação solar sobre a Terra satisfazem o consumo do planeta durante um ano inteiro”, chamam atenção. Porém, de fato, é uma declaração um tanto exagerada, pois não há como capturar tamanha radiação. Com certeza a energia solar ainda é um grande desafio.

Em contrapartida, a saída da British Petroleum (BP) do ramo da energia solar não foi vista com bons olhos pela comunidade internacional. A companhia realizou uma reestruturação e decidiu por abandonar suas atividades no ramo. Uma idéia que estava amadurecendo já há alguns anos, e se mostrou previsível quando a empresa decidiu por vender alguns ativos em 2009, relativos a unidades fabris na Espanha.

A verdade é que em 40 anos de compromissos com a energia solar, a BP nunca conseguiu gerar muitas margens com o negócio, e nos últimos anos a própria empresa reconhece que foi incapaz de manter o negócio devido aos altos inventivos sem retorno. A companhia relata que apesar de tudo, continuará investindo forte em energias renováveis, principalmente em biocombustíveis e em energia eólica. A medida da BP é de certa forma pouco ousada, visando apostar no que tem mais perspectivas de dar certo.

A energia eólica entra bem nesse contexto, é a energia renovável com mais força no momento, visto as inovações tecnológicas recentes. Nos últimos anos, uma das principais limitações da energia eólica, o tamanho e o peso das pás, foi minimizada graças o advento da área de compósitos termofixos de alto desempenho. As pás produzidas de compósitos, ou seja, um polímero termofixo (no caso resina epóxi) reforçado por fibra de vidro ou fibra de carbono, perdem em massa e ganham em resistência e tamanho, possibilitando um rendimento mais eficiente e um custo benefício competitivo. Só para se ter uma idéia, o Brasil tem um grande potencial eólico, o país tem atualmente apenas 0,4% de sua capacidade possível para o setor sendo utilizada. No mundo assim como no Brasil, a energia eólica conserva perspectivas a curto prazo muito mais promissoras que a solar.