Cristina Kirchner, presidente da Argentina, está preparando a ampliação da lista de produtos suijetos a regime de LNC (Licenças Não Automáticas). A confirmação partiu de Carlos dela Vega, presidente da CAC (Câmara Argentina de Comércio).
“O governo avalia a possibilidade de incluir novas posições às licenças não automáticas, com a intenção de promover o desenvolvimento da indústria local de maquinaria, têxteis, móveis, calçados e outros setores”, disse o empresário. A ampliação do regime de LNA, em vigor, será anunciada nos próximos dias.
A lista de 400 para 600 posições tarifárias já havia sido ampliada em fevereiro do ano passado, com a promessa de cumprir o prazo determinado pela OMC (Organização Mundial de Comércio), de 60 dias, para liberar as licenças.
Durante todo o ano, exportadores brasileiros acusaram demoras superiores a 180 dias e, em alguns casos, as licenças não foram concedidas. Eletrodomésticos, alimentos e bebidas também estão sendo barrados.
Dela Vegase reuniu nesta quarta-feira com Beatriz Paglieri, secretária de Comércio Exterior, de quem recebeu a justificativa de que as licenças são para impedir que o mercado doméstico seja invadido por produtos que não serão colocados em outros países, devido à crise na União Europeia: “O governo prevê que, no segundo semestre, haverá estoques de mercadoria, porque os mercados globais sofrerão uma queda. Esses estoques seriam despejados no nosso mercado e isso nos prejudicaria”, explicou dela Vega.