unitri

Filtrar Por:

< Voltar

Clippings - 31/01/12

GE investe no Brasil e quer ser base de exportação para AL

A divisão de energia da multinacional norte-americana General Electric (GE) poderá crescer entre 10% e 20% em 2012. Essa é a previsão do presidente e CEO dessa área da empresa para a América Latina, Marcelo Soares.

Esses indicadores, explicou o executivo referem-se ao cenário mais conservador e agressivo. Caso sejam confirmados os pedidos recebidos pela empresa podem alcançar valores entre US$ 5,94 bilhões e US$ 6,48 bilhões.

Os principais negócios que deverão gerar esses resultados são os contratos em energia eólica, no fornecimento de equipamentos para petróleo e gás, além da comercialização de turbinas de geração de eletricidade em termoelétricas a gás natural, explicou o executivo.

Nesse conjunto de negócios, disse Soares, o Brasil deverá continuar como o maior mercado da empresa na região. Do resultado obtido no ano passado, US$ 5,4 bilhões em pedidos, 40% foram originados no País.

Entre os contratos firmados no ano passado, relatou o executivo, estão US$ 800 milhões para projetos eólicos e de turbinas a gás. Esses projetos, quando em operação, poderão gerar 1,4 gigawatts (GW).

Esses pedidos, explicou o representante da GE Energy, são o suficiente para que as fábricas da empresa fiquem ocupadas por no máximo dois anos. Para atender a demanda futura, a companhia colocou em andamento um plano de investimentos que soma US$ 85 milhões e que deverá ser aplicado totalmente em 2012.

Entre os aportes estão US$ 30 milhões que serão utilizados para ampliar a capacidade produtiva da fábrica de Jandira (SP), outros US$ 30 milhões na unidade de Macaé (RJ), ambas para atender ao mercado de petróleo e gás natural.

Além disso, a companhia também está em busca de um local para a instalação de sua fábrica dedicada à fabricação de aerogeradores na Bahia, um investimento de R$ 45 milhões.

Ao final do ano, a perspectiva dos executivos da empresa é de que a GE Energy utilize sua estrutura no Brasil até mesmo para exportar a outros países da América Latina. Mesmo com a importância do País, a meta é de aumentar a descentralização dos pedidos.

A empresa quer entrar em mercados ainda pouco explorados na região, como a Colômbia e Peru em óleo e gás além do Chile no setor de mineração. Além disso, deverá atuar de forma mais pontual em outros países como Bolívia, América Central e Argentina.

Apesar do fracasso das térmicas a gás natural no ultimo leilão de energia, realizado em dezembro pela Aneel, a GE acredita que nos próximos cinco anos a fonte deverá retornar ao mercado.

Além disso, outro mercado que a empresa ainda aposta como um nicho para crescer é o sucroalcooleiro, onde a legislação que impede o despejo da vinhaça, subproduto originado do processo de produção do etanol, pode ser usado como combustível para gerar energia a partir dos gases que emite.

A empresa já iniciou uma parceria para testar a efetividade desta solução, mas preferiu ainda não revelar mais detalhes até que o projeto esteja em funcionamento, evento que deverá ocorrer em abril, com o início da safra de cana deste ano.