A petrolífera portuguesa Galp Energia pretende investir entre 1 bilhão de euros e 1,2 bilhão de euros ao longo deste ano, dos quais 60% direcionados ao segmento de exploração e produção. Em apresentação a investidores em Londres, a direção da companhia informou ainda que a média de aportes anuais, entre 2013 e 2016, deverá se situar em 1,2 bilhão de euros, também com foco na área de exploração.

“A alocação de capital na área de downstream (refino e distribuição) vai melhorar a eficiência destas atividades, com projetos de desenvolvimento relacionados com pequenas unidades de cogeração, armazenamento subterrâneo de gás natural e iniciativas na área dos biocombustíveis no Brasil e em Moçambique, mas também estará relacionada com atividades de manutenção”, acrescentou a Galp.

Para 2012, a companhia portuguesa estima resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 900 milhões de euros a 1,1 bilhão de euros, boa parte proveniente do negócio de refino de distribuição. O desempenho será beneficiado pela conclusão do projeto de conversão de duas refinarias, “mas também com uma grande contribuição da área de exploração e produção, já que o projeto Lula-1 deverá atingir a sua produção máxima no primeiro trimestre de 2012”, destacou.

De acordo com a Galp, o desenvolvimento dos campos Lula e Cernambi, na Bacia de Santos, mais os aportes nas refinarias de Sines e Matosinhos devem levar a um crescimento médio anual do Ebitda de 25% até 2016, tendo como base o preço do petróleo a US$ 90 o barril.

“A presença nas atividades de exploração e produção será alargada, mantendo-se, no entanto, a Galp Energia focalizada nas suas áreas-chave, como o grande eixo de exploração e produção do Atlântico Sul, que abrange o Brasil e Angola, e a África Oriental, em particular Moçambique”, informou.