Reunidos no Rio ontem, executivos do setor de gás natural foram unânimes ao afirmar que o Brasil ainda tem um grande – e inexplorado – potencial de produção do recurso.

Ao contrário da produção de óleo, os poços que mais produzem de gás natural no Brasil são onshore, os campos de Urucum, disse o presidente da Perenco Brasil, Cesar Dias Ramos.

Ele ainda destacou que das 29 bacias com potencial para produção de hidrocarbonetos, apenas 10 são exploradas. As outras 19 são, majoritariamente, onshore e já está sendo contempladas pelos estudos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para os próximos leilões.

Questionado sobre onde estaria a demanda por gás na Amazônia, onde a HRT tem planos de produzir de 2 a 3 milhões de m³ de gás natural, em parceria com a TNK BP, diretor de Operação e Planejamento da HRT Milton Franke, indicou que a resposta pode estar na tecnologia.

Ele citou o potencial do gás natural para suprir a demanda por fertilizantes e derivados químicos (gas-to-chemical), além da possibilidade de produzir petróleo sintético (gas-to-liquid). Milton destacou a presença no Brasil de plantas-piloto gas-to-liquid (GTL).