São PAULO – A Log-In lança no dia 1º de julho um serviço de transporte de cabotagem integrando as regiões Nordeste e Sudeste ao Norte do Brasil.
A intenção da empresa é contar com um navio com capacidade de 1.700 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), que dará maior vazão principalmente aos produtos eletroeletrônicos da zona franca de Manaus e que poderá acrescentar cerca de 10 mil TEUs à rota.
No Nordeste, portos como o de Suape (PE), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) poderão ser escolhidos e, no Sudeste, Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ) estão no foco da empresa. Com o novo serviço, sete navios da Log-In estarão em operação para cabotagem.
Segundo o diretor comercial da companhia, Fabio Siccherino, além de expandir a atuação nos segmentos atuais, a companhia pretende desenvolver neste ano negócios com os setores de embalagens e duas rodas e reforçar a atuação em higiene e limpeza, e alimentos e bebidas.
Expectativa para 2012
Do ponto de vista financeiro, ainda que considere o ano mais difícil que o de 2011, o executivo acredita que a empresa voltará a ter lucro. No ano passado, a Log-In registrou prejuízo líquido de R$ 78,2 milhões.
Itens extraordinários, como a alienação do Trem Expresso, reduziram os resultados de 2011 em R$ 61,0 milhões, o que tornou o ano um “ponto fora da curva”, de acordo com Sicherinno.
“Identificamos em 2011 tudo de ruim e revisitamos nosso planejamento estratégico. Com essa ‘limpeza’, o resultado foi bom e estamos bastante confiantes para 2012”, afirmou o diretor, ressaltando que a expectativa é de que o crescimento de 20% da cabotagem visto em 2011 se mantenha.
No primeiro trimestre, contudo, o cenário econômico se mostrou mais desafiador à indústria e, ainda que positivas, as medidas adotadas pelo governo têm, num primeiro momento, efeito desfavorável às operações de cabotagem da Log-In. Com estoques mais reduzidos, as companhias optam pelo transporte rodoviário.
O Mercosul também é um ponto fraco deste ano, diante das barreiras comerciais colocadas pela Argentina. Em 2011, o volume movimentado com os países do bloco foi reduzido em 8,1%, para 54,7 mil TEUS, e expectativa é que esse número se repita, neste ano.