Parques movidos a vento no mundo devem somar cerce de 500 GW até 2016, segundo relatório do GWEC.
O mercado brasileiro de energia eólica vem se destacando no cenário mundial, mesmo entre economias como China, Estados Unidos e Índia, que tradicionalmente têm concentrado investimentos no setor. Por aqui, estima-se um incremento do setor de 40% ao ano até 2016, enquanto a taxa média de crescimento anual do mercado em geral está próxima de 8% para os próximos cinco anos. As projeções são do Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council – GWEC).
As instalações de usinas da fonte no mundo devem somar algo em torno dos 500 GW até 2016, segundo o Global Wind Report 2011, com 255GW construídos entre 2012 e 2016. O relatório do GWEC aponta boas perspectivas para o setor neste ano, quando a indústria espera instalar 46 GW em nova capacidade.
“Só no Brasil, temos um potencial de 300 GW para serem explorados no futuro”, destaca Elbia Melo, presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Ela ainda explica porque o Brasil é um dos países que mais têm se destacado no setor e atraído investimentos.
“Apesar de a China ter chegado a um potencial de 18 GW por ano, o mercado deles é extremamente fechado para investidores de fora”, analisa. Elbia lembra que a Índia, que também apresenta um mercado robusto, é outro país com perfil retraído para aportes estrangeiros. “Entre os fortes, nosso País é o mais aberto”, pontua a dirigente.
“Tivemos ganhos tecnológicos e os nossos ventos são melhores os EUA e a Europa”, afirma a presidente da Abeeólica. Elbia contabiliza 11 fábricas de turbinas eólicas já confirmadas no Brasil, vindas de países europeus, norte-americanos e da Índia. “E os próprios chineses querem vir para cá”, finaliza. A projeção é que em 2015 o Brasil seja o décimo maior produtor de energia eólica do mundo.
De acordo o documento do GWEC, o mercado chinês está estável, após anos de forte crescimento, enquanto a Índia chegou a um ritmo de expansão de 3GW ao ano e deve beirar os 5 GW anuais até 2015. Já o mercado norte-americano, mais o Canadá e o México, não terá instalado mais de 50 GW no total até 2016. No mercado europeu, a tendência é de estabilidade – mesmo com a crise, o fraco ano da Espanha e a boa atuação da Alemanha.