O secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, virtual comandante da área de comércio exterior da Argentina, conhecido com o Sr. Protecionismo, declarou a diversos empresários argentinos que – por causa da crise global – o governo da presidente Cristina Kirchner manterá o atual sistema de restrições às importações, que também inclui seu principal parceiro do Mercosul, o Brasil.
Segundo Moreno, essa estratégia serve para que o país se prepare para enfrentar o temporal e a hipotética avalanche de produtos importados que entrariam na Argentina a preço de saldo a partir de meados deste ano. No entanto, destacou que, caso as metas do governo não possam ser atingidas, intensificará os controles sobre as importações.
O secretário, que estabeleceu um controle personalizado das importações, também afirmou aos empresários que a meta é obter um superávit comercial geral de US$ 8 bilhões no primeiro semestre deste ano. A expectativa, no segundo semestre do ano, é obter outros US$ 4 bilhões adicionais de superávit.
A meta é encerrar 2012 com um saldo comercial favorável em US$ 12 bilhões. As barreiras comerciais de Moreno foram eficazes para a presidente Cristina. No primeiro trimestre, o superávit comercial chegou a US$ 2,96 bilhões, valor que quase duplicou no perãodo janeiro-abril de 2011.