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Clippings - 05/06/12

Exportador começa a se animar com o câmbio

A percepção dos empresários da indústria sobre a demanda externa mudou de direção e voltou a crescer em maio, impulsionada pelo dólar, que fechou o mês cotado a R$ 2, aponta a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com a movimentação no câmbio, que já subiu quase 8% este ano, há indústrias dando desconto de até 18% no preço em dólar e indo à luta para ampliar a exportação, porque a atividade ficou mais rentável.

O alvo dos exportadores são países da América Latina – exceto Argentina, onde prevalecem medidas protecionistas. É que esses mercados não foram tão afetados pela crise. A perspectiva é que, depois do perãodo de marasmo nas exportações, espelhado nos resultados das vendas externas que caíram 3% em abril e subiram apenas 4,5% no primeiro quadrimestre na comparação com 2011, os negócios deslanchem e surtam efeito na balança comercial nos próximos meses.

Depois de cinco meses consecutivos de queda, em maio, o indicador do nível de demanda externa cresceu quase 7% em relação a abril, descontada as influências típicas do perãodo, mostra a sondagem. O indicador despencou com a crise na Europa e a desaceleração da China. Mas, com a mudança no patamar do câmbio, começou a melhorar, observa o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo.

O economista acha que essa primeira reação do mercado externo está ligada ao câmbio porque esse é o único fator que teve comportamento diferente nos últimos meses, já que o cenário de crise não mudou – aliás, piorou, no caso da Europa