A expansão da atividade no pré-sal e a restrição da Petrobras para o uso de contêineres não certificados para operações offshore determinaram a instalação da primeira fábrica da Swire Oilfield Service no país. A aposta britânica é de um crescimento rápido, já que cerca de 90% dos contêineres usados no offshore brasileiro são contêineres convertidos.
Com 3.000 contêineres alocados no Brasil, a Swire enxerga um mercado muito maior a partir da renovação do parque de contêineres utilizados no offshore, da ordem de 30 mil unidades, sendo 25 mil da Petrobras. “O mercado poderá ser gigantesco se incluirmos as operações no pré-sal”, afirmou o Gerente Geral da Swire Brasil, Marcelo Nacif.
Pela decisão da Petrobras, todos os contêineres contratados a partir de 2013 terão que ser certificados segundo critérios definidos pela International Maritime Organization (IMO). O uso dos contêineres específicos para o offshore aumenta a segurança das operações e reduz os custos de manutenção das unidades.
Os contêineres são utilizados para transportar desde alimentação para a tripulação até materiais para exploração, como tubos de perfuração para as unidades offshore. Entre os clientes da Swire Oilfield Service estão operadoras, companhias de serviços e fornecedores de equipamentos, entre outros.
A primeira fábrica de contêineres da Swire no Brasil foi inaugurada no último dia (05/06) em Carapebus (RJ), com capacidade para produzir 1.000 unidades/ano. Praticamente todas as unidades fornecidas pela empresa no Brasil são para aluguel.
No mesmo dia, a Swire inaugurou, em Macaé (RJ), a primeira fábrica de slingas – tiras de aço usadas para içar os contêineres – do grupo no mundo. A decisão de fazer o investimento foi motivada pela dificuldade de suprimento no mercado mundial para atender a expansão do mercado brasileiro.
Em 2014 está prevista a inauguração de uma base em Macaé (RJ) que será responsável por toda a logística de armazenamento, manuseio e reparo dos contêineres, que hoje é feita por terceiros.