O investimento em energia renovável, o primeiro da Vale em eólica, busca atender parte do crescimento da demanda da companhia nos próximos anos, observou a mineradora em comunicado, ressaltando que a iniciativa visa aumentar o uso de fontes limpas na matriz energética da empresa.
Cada empresa terá 50 por cento dos novos parques eólicos, mas a Vale consumirá sozinha a energia elétrica produzida pelos primeiros 20 anos.
Os projetos já possuem as licenças ambientais necessárias, e o início das operações de ambos está previsto para 2014.
A demanda global da Vale por energia elétrica deve crescer 150 por cento até 2020 e estamos buscando alternativas para suprir essa necessidade de modo sustentável, utilizando fontes renováveis, como hidrelétrica, eólica e biomassa, disse a diretor da RH, Saúde e Segurança, Sustentabilidade e Energia da Vale, Vânia Somavilla, em nota.
Este modelo vai permitir a expansão do mercado eólico brasileiro para além do mercado de leilões regulados, no qual a maior parte da capacidade eólica brasileira tem sido desenvolvida até hoje, e estamos buscando aprofundar nossa parceria com a Vale no Brasil e no mundo, afirmou em comunicado o presidente-executivo da Pacific Hydro, Rob Grant.
A Pacific Hydro opera no Brasil desde 2006 e possui 58 MW em operação em seus dois parques eólicos na Paraíba, que fornecem energia para a Eletrobras.
A australiana é responsável pelo desenvolvimento e operação de mais de 300 MW em parques eólicos e usinas hidrelétricas na Austrália, onde construiu o primeiro parque eólico comercial do país, e opera 500 MW em hidrelétricas de correnteza no Chile.
Já a Vale previa anteriormente em seu plano de investimento um parque eólico no Rio Grande do Norte, com capacidade total estimada em 65,7 MW.