Os valores de frete transatlânticos para cargas em contêiner apontaram recuperação em relação ao colapso do ano anterior, embora as taxas de importações europeias ainda não tenham retornado aos níveis pré-crise, mesmo com os volumes também em alta.
Os números mais recentes da ELAA (European Liner Affairs Association) colocaram o índice de frete para cargas secas e reefer embarcadas na América do Norte para a Europa estimado em 109 pontos em junho, comparado com 102 pontos no mês de maio e a baixa de 77 pontos do ano anterior.
Os sinais de uma futura melhora nas taxas surgiram quando a Hapag-Lloyd anunciou planos para lançar um novo serviço de transporte expresso transatlântico, ligando Antuérpia (Bélgica) e Nova Iorque (Estados Unidos), em setembro.
Empregando três porta-contêineres de 2.200 Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), o serviço semanal oferecerá transit time de apenas nove dias. A companhia afirmou que o novo ciclo irá complementar as rotas já existentes como PAX (Ásia-América do Norte-Europa) e o serviço transatlântico ATX, que é operado em parceria com a Grand Alliance.
De acordo com a ELAA, embora as taxas transatlânticas estejam em ascensão, os números não estão tão promissores no lado europeu. O índice de preços calculado para junho foi de 79 pontos, um crescimento modesto comparado ao valor de maio, que ficou em 77 pontos. Durante o ano passado, o índice oscilou em torno de 65 pontos.
Os volumes transatlânticos entre América do Norte e Europa subiram apenas 2,1% para 209.500 Teus em junho, enquanto que o sentido contrário apresentou incremento de 10,5%, para 263.500 Teus.
No comércio entre Ásia e Europa, o índice de preços agregados para cargas nos sentidos leste e oeste fechou em 117 pontos em junho, mas as taxas de cada uma das rotas retomaram o crescimento, depois da queda em 2009.
As taxas de frete para cargas dry indo do Mar Mediterrâneo Oriental e Mar Negro para a Ásia mostraram a maior recuperação, com o índice de junho subindo de 131 pontos (valor do mês anterior) comparado à baixa de 72 pontos em fevereiro de 2009.
Os incrementos do segundo trimestre da Ásia para a Europa foram quase 20% maiores do que há um ano, em 3,3 milhões de Teus. Porém, os volumes transatlânticos caíram 3,3% no segundo trimestre de 2009, em 1,4 milhão de Teus.