Um suposto atentado de militantes contra um petroleiro japonês demonstrou o quanto os navios mercantis são vulneráveis a ataques em alto mar, apesar de as Marinhas já estarem atuando para combater a pirataria somali, disseram analistas e fontes do setor nesta sexta-feira.
Há preocupação crescente com a segurança marítima depois que uma agência estatal de notícias dos Emirados Árabes Unidos informou na manhí desta sexta-feira que investigadores haviam descoberto indícios de explosivos no petroleiro japonês danificado próximo do estreito de Ormuz na semana passada.
Um grupo militante chamado Abdullah Azzam Brigades, ligado à Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade. Analistas de segurança do Golfo, alguns céticos sobre a reivindicação do grupo, disseram acreditar no relatório da agência de notícias.
Embora a proprietária do M.Star, navio japonês de 333 metros, a Mitsui O.S.K, não tenha confirmado os detalhes do relatório e esteja aguardando a conclusão de sua própria investigação, o último incidente aumentou o risco para navios.
Navios mercantis têm sofrido cada vez mais com gangues somalis operando no Golfo de Áden e no Oceano Índico. Se for comprovado que a explosão no M.Star foi resultado de um ataque terrorista, certamente haverá uma necessidade maior de vigilância e talvez uma revisão dos protocolos de segurança, disse J. Peter Pham, conselheiro estratégico dos EUA e dos governos europeus.