
A Transocean e a Dolphin Drilling fizeram uma oferta para comprar a frota da Seadrill, noticiou a agência Reuters na sexta-feira (20/8). Segundo o jornal norueguês Finansavisen, primeiro a publicar a notícia, a oferta é avaliada em US$ 1,7 bilhão. Em recuperação judicial desde fevereiro deste ano, a Seadrill está simplificando suas operações.
A oferta da Transocean e Dolphin Drilling compete com o próprio plano de recuperação da companhia, submetido ao Tribunal de Falências do Texas no último mês. Acordado com credores, o plano deve levantar US$ 350 milhões em novos financiamentos e reduzir os passivos da Seadrill em mais de US$ 4,9 bilhões, informou a companhia em nota no dia 24 de julho. O prazo de aprovação pela corte é até 5 de novembro.
“Isso tem o apoio de quase dois terços de nossos credores, que não apenas apoiam nosso plano, mas [também] nossa estratégia de negócios de longo prazo e planos para emergir, com rapidez, do Chapter 11 [recuperação judicial]”, disse à Reuters o porta-voz da Seadrill, Iain Cracknell.
A companhia publicou, na sexta-feira (20/8), seus resultados do primeiro semestre de 2021, registrando prejuízo líquido de US$ 605 milhões, ante US$ 2,9 bilhões nos seis primeiros meses de 2020.
A receita operacional caiu aproximadamente 2% ano a ano, para US$ 452 milhões. Houve aumento nas receitas dos contratos, que foi compensado por redução dos dias de operação de duas sondas, além de tempo de inatividade operacional da West Tellus e West Saturn, que operam no Brasil para a Petrobras e ExxonMobil, respectivamente, devido a incidentes no equipamento subsea.
Conforme publicado pelo PetróleoHoje, após o encerramento do contrato com a Petrobras, a sonda West Tellus operará para a Shell Brasil, sendo responsável por um programa de intervenção no Parque das Conchas e a perfuração de dois poços, um exploratório na área do C-M-791 e outro de infill no BC-10.
Fonte: Revista Brasil Energia