Segundo a ANP, a inclusão dos volumes do excedente da cessão onerosa dos campos de Búzios e Itapu influenciou no aumento das reservas

As reservas de petróleo 1P (provadas), 2P (provadas e prováveis) e 3P (provadas, prováveis e possíveis) do país tiveram aumentos de 11%, 14,3% e 19,8% em 2021, respectivamente, segundo o Boletim Anual de Recursos e Reservas (BAR), divulgado pela ANP na quinta-feira (31/3). A comparação foi realizada com os dados de 2020.
A agência reguladora informou que foram declarados pelas empresas contratadas para exploração e produção no Brasil 13,24 bilhões de barris de reservas 1P, 19,95 bilhões de barris de reservas 2P e 24,24 bilhões de barris de reservas 3P.
No pré-sal, houve um aumento de 15,7% nas reservas 1P ante 2020, totalizando 9,621 bilhões de barris. A ANP destacou a inclusão dos volumes referentes ao excedente da cessão onerosa dos campos de Búzios e Itapu, ambos localizados na Bacia de Santos, para o aumento das reservas.


Em relação às reservas de gás natural, foram declarados 378,65 bilhões de m³ de reservas 1P, 491,92 bilhões de m³ de reservas 2P e 560,40 bilhões de m³ de reservas 3P no ano passado, que correspondem a aumentos de 11,7%, 20,3% e 24,0%, respectivamente, ante o ano anterior.
“Em geral, as mudanças ocorridas no volume das reservas de petróleo e gás natural brasileiras são devidas à produção realizada durante o ano, às reservas adicionais oriundas de novos projetos de desenvolvimento, declarações de comercialidade e revisão das reservas dos campos por diferentes fatores técnicos e econômicos”, explicou a ANP no comunicado.
Já o índice de reposição de reservas provadas de petróleo foi de 227% em 2021, ante 2020, representando cerca de 2,337 bilhões de barris em novas reservas. O índice de reposição de reservas indica a relação entre o volume apropriado e o volume produzido no período considerado, ou seja, para cada barril de petróleo produzido foram apropriados outros 2,27 barris.
Fonte: Brasil Energia