
A Petrobras poderá aplicar sanções à 3T Flexíveis pelo atraso na obra de construção da base de carregamento de dutos flexíveis, no Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). A petroleira vem acompanhando o ritmo de andamento do projeto com preocupação, já começando a analisar, segundo fontes do alto escalão, possíveis medidas cabíveis, caso o prazo do contrato não seja cumprido, e já costurando um plano B.
O negócio entre a Petrobras e o consórcio 3T Flexíveis, formado pela TPAR (Terminal Portuário de Angra dos Reis) e a Transdata, foi fechado no final de 2021, contemplando a contratação de uma base nova para carregamento de dutos flexíveis. O edital previa que o início de operação da base ocorresse em maio de 2023, sendo que pelo andamento da obra, a petroleira julga que o grupo não terá grande dificuldade de cumprir o prazo do contrato.
Projetada para ser instalada em uma área virgem do Porto do Açu, ao lado das instalações da Dome, a nova base exigirá a construção de um cais, aquisição de equipamentos e dragagem para acerto do calado. A obra, segundo fontes da Petrobras, está muito atrasada.
“A base tem que estar pronta em maio e a empresa ainda não começou a obra. Tem que construir a base inteira, fazer pier, mobilizar equipamento e várias outras coisas, afirma a fonte da Petrobras.
Procurada pelo PetróleoHoje, a 3T Flexíveis afirma que não existe atraso no projeto, segundo seu diretor Leandro Cariello. “Não tem obra atrasada não”, afirmou o executivo.
Os primeiros rumores sobre o atraso na obra da base de flexíveis da 3T Flexíveis começaram a surgir no mercado há cerca de seis meses.
Plano B
Preocupada com o cenário, a Petrobras lançou, recentemente, no mercado um novo bid com escopo semelhante, só que voltado à contratação de uma outra base já existente de carregamento de dutos flexíveis. A licitação vem sendo tratada internamente como um plano B ao problema.
A petroleira conduz também um outro bid para armazenagem de bobinas. A 3T Flexíveis apresentou o menor preço novamente, mas não foi habilitada até o momento. A segunda melhor proposta foi ofertada pela TechnipFMC, que vem negociando com a petroleira.
A base da 3T Flexíveis foi contratada para atender ao aumento da demanda de movimentação e carregamento de linhas flexíveis da Petrobras. O contrato foi firmado pelo prazo de cinco anos.
Atualmente, a Petrobras é atendida por duas bases de carregamento de linhas flexíveis, a Banit, em Niterói, no Rio de Janeiro, operada pela Technip, e a Bavit, localizada em Vitória, no Espírito Santo, e a cargo da Baker.
Fonte: Revista Brasil Energia