
A Petrobras afretará até quatro novas sondas de posicionamento dinâmico para operação ao longo da costa. A petroleira lançou, na segunda-feira (6), bid direcionado a unidades para operação em 2,4 mil m e 3 mil m.
Dividida em três lotes não excludentes, a licitação visa contratar sondas para entrar em operação ao longo de 2024. As unidades requeridas pela Petrobras no processo terão contrato de afretamento de três anos.
O lote 1 do bid prevê o afretamento de até duas sondas de alta especificação para lâmina d’água de 3 mil m equipadas com MPD. Já no segundo pacote, a Petrobras solicita oferta para uma unidade de alta especificação para 2,4 mil m, enquanto o lote 3 requer propostas para uma sonda com capacidade para operar até 2,4 mil m, ambas sem MPD.
As sondas afretadas irão operar sob regime de pool, podendo atender a qualquer projeto da Petrobras. A Petrobras vem investindo mais fortemente na contratação de unidades de perfuração para operação ao longo da costa.
No processo mais recente, a companhia chegou a afretar sete sondas em uma única licitação. Há rumores de que a Petrobras estaria negociando a contratação de uma oitava unidade dentro do bid.
A data de entrega das propostas da nova licitação está marcada para 2 de março, mas com o mercado de sondas aquecido é certo que a Petrobras irá estender o prazo por pelo menos um ou duas vezes.
Sem sondas disponíveis no Brasil e com o mercado mundial demandante, prevalece a aposta de que as taxas diárias apresentadas na licitação venham altas, acima de US$ 450 mil a US$ 500 mil.
As unidades dos pacotes 1 e 2 terão que estar disponíveis para operação no período de março a novembro de 2024, tendo prazo de mobilização de 390 dias. Já a sonda do lote 3 precisará estar pronta para iniciar contrato entre janeiro e novembro do próximo ano, com prazo de mobilização de 360 dias, contados a partir da data de assinatura do contrato
A classificação das ofertas será realizada com base no menor preço por lote. Caso as empresas optem por ofertar uma mesma sonda em mais de um lote, o julgamento da comissão de licitação seguirá o critério de prioridade, com o lote 1 sendo visto como prioritário no processo.
No que diz respeito às taxas de mobilização, a Petrobras estabeleceu tetos para o pagamento do item. No lote 1, o valor será limitado à 90 taxas diárias totais ofertadas pelos proponentes, enquanto nos pacotes 2 e 3 o máximo cobrado por corresponder à 70 taxas diárias totais.
De acordo com o edital, os contratos terão conteúdo local de 85% na prestação de serviço, sem exigência para o afretamento, resultando em um compromisso mínimo de 30% na combinação dos contratos. As empresas poderão ofertar tanto navios-sonda quanto semissubmersíveis.
Além da nova licitação, a Petrobras coordena outros dois bid para o afretamento de sondas, um com foco no campo de Búzios e outro direcionado ao BM-S-11, ambos localizados no cluster de Santos. Os dois processos já receberam proposta, sendo que no BM-S-11, a petroleira contratou uma sonda da Transocean, devendo ainda fechar negócio com outra unidade.
Fonte: Revista Portos e Navios