Companhia afretou a sonda Valaris DS-17 para atividades no campo de Bacalhau, no pré-sal da Bacia de Santos. A sonda também deve passar um período na Argentina
A Equinor adiou, pela terceira vez, o término do contrato de afretamento da sonda Valaris DS-17, segundo o novo Fleet Status Report da Valaris, divulgado na terça-feira (30). O período de 60 dias adicionais está previsto para ser iniciado em maio de 2025, indo até junho de 2025, em continuação direta do contrato atual, que está previsto para terminar em abril de 2025.
A unidade de águas ultraprofundas, capaz de operar em lâmina d’água superiores a 3,6 mil m, foi contratada para perfurar um poço de avaliação, tapar um antigo poço de exploração e conduzir escopo adicional de perfuração no campo de Bacalhau, no pré-sal da Bacia de Santos, conforme publicado pela Brasil Energia.
O contrato foi iniciado em setembro de 2023 e prevê que a sonda também passe pela Argentina, segundo o mais recente Fleet Status Report da Valaris. A Equinor iniciou suas atividades na Argentina em 2017 e, atualmente, possui participação em oito blocos – sendo operadora em seis deles, como o CAN 100, na Bacia do Norte da Argentina, onde a companhia pretende perfurar o Argerich-1, que pode ser o primeiro poço exploratório em águas ultraprofundas da Argentina.
A Valaris também reportou algumas mudanças no cronograma do contrato da sonda Valaris DS-15 (também conhecida como Valaris Renaissance), afretada pela TotalEnergies com o objetivo de executar campanha no bloco C-M-541, na Bacia de Campos, e no campo de Lapa, na Bacia de Santos.
O contrato atual com a TotalEnergies, iniciado em junho de 2021, está previsto para terminar no mês de abril de 2024. Depois, a sonda passará para a bp – que pretende perfurar o poço pioneiro do bloco Pau Brasil, no pré-sal de Santos – durante o período de maio a julho de 2024, retornando, posteriormente, para a TotalEnergies, durante dois períodos: julho a novembro de 2024 e novembro de 2024 a julho de 2025.
Além dessas duas sondas, a Valaris possui outras duas unidades em operação no Brasil: a Valaris DS-8, afretada pela Petrobras de dezembro de 2023 a dezembro de 2026, e a Valaris DS-4, também com a Petrobras, em dois períodos: julho de 2022 a setembro de 2024, e dezembro de 2024 a novembro de 2027. Segundo o CEO e presidente da Valaris, Anton Dibowitz, a DS-4 vai realizar trabalhos no âmbito do novo programa para o campo de Búzios, no pré-sal de Santos.
A Valaris também reportou os resultados do primeiro trimestre deste ano. As receitas da companhia no período totalizaram US$ 525 milhões, representando um aumento de 8,4% ante o trimestre anterior (US$ 484 milhões), enquanto o lucro líquido diminuiu (-96%) para US$ 26 milhões, ante os US$ 829 milhões relatados no quatro trimestre de 2023.
O CEO da Valaris destacou, no relatório, que a carteira de contratos da Valaris aumentou consecutivamente nos últimos seis trimestres. “Vemos uma forte demanda dos clientes por obras que deverão começar em 2025 e 2026, destacando a longevidade deste ciclo de expansão”, completou Dibowitz, segundo o comunicado.
Fonte: Revista Brasil Energia