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Clippings - 05/07/24

Plano estratégico da Transpetro inclui expansão da capacidade da malha

A empresa prepara a logística para a ampliação do parque de refino da Petrobras e para o crescimento da demanda de outros clientes. A primeira obra foi inaugurada nesta sexta-feira, 5, com a substituição da rede entre a refinaria Replan e o Terminal de Barueri (SP)

Substituição da rede Replan-São Paulo aumenta capacidade do duto

O próximo plano estratégico da Transpetro, relativo ao período de 2025 a 2029, vai trazer um programa de expansão da capacidade de movimentação de carga da malha dutoviária. Para isso, vão ser adotadas novas tecnologias, como de revestimento e isolamento térmico. O foco é o atendimento à Petrobras, que já anunciou a ampliação do seu parque de refino.

A empresa está também de olho em novos clientes, que hoje são mais de 160. Além disso, a Transpetro quer diminuir sua exposição a furtos e acidentes.

Diferentes combinações de modelos de negócio vão ser adotadas na substituição e modernização da malha. Ora a Transpetro vai entrar como investidora, ora como operadora e, em alguns casos, vai atuar nas duas pontas.

“Há projetos mais maduros e outros em fase inicial. Estamos conectados às necessidades dos clientes. Temos, na verdade, que estar à frente para que não haja gargalo, que a gente seja um facilitador”, afirmou Márcio Guimarães, diretor de Dutos e Terminais da Transpetro, à Brasil Energia.

O primeiro passo do programa de expansão e modernização da malha foi dado com o projeto que vai atender à demanda da Petrobras na Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo.

Com a expansão da capacidade de produção de derivados de maior valor agregado na unidade, como diesel e gasolina, serão extraídos também mais óleo combustível e bunker. Para escoar os produtos escuros, a Transpetro substituiu 68 km do oleoduto Paulínia-São Paulo (Opasa 16), entre a refinaria e o Terminal de Barueri (SP). O investimento da Petrobras na obra foi de R$ 465 milhões. A construção ficou por conta da Transpetro.

De Barueri, um mix de óleo combustível e bunker será transportado por outro duto até o Terminal de São Caetano do Sul (SP), que funciona como um hub para derivados de Paulínia e das refinarias Recap (Capuava-SP) e Revap (São José dos Campos-SP). Em seguida, os produtos vão ser levados para Cubatão e Santos, no litoral paulista.

O uso de novas tecnologias vai gerar um aumento de até 60% da capacidade de movimentação de carga no trecho do Opasa que foi substituído, antes de 200 milhões de litros por mês.

Essa é a maior obra de engenharia de dutos terrestres realizada no Brasil nos últimos dez anos. Inaugurada nesta sexta-feira, 5, ela complementa uma etapa anterior, em que foram substituídos outros 31 km de tubos do Opasa 16. Ao todo, a rede possui 99 km de extensão e tubos de 16 polegadas, distribuídos em nove municípios paulistas, entre Paulínia e Barueri.

No curto prazo, antes da conclusão do plano estratégico para os próximos cinco anos, a Transpetro se prepara para implementar a logística que vai atender a construção do Trem 2 da Rnest, em Pernambuco. A empresa trabalha em conjunto com a Petrobras, dona da refinaria, em obras de expansão e modernização de dutos entre a unidade produtora e o terminal do Porto de Suape.  Mas essa é uma rede bem mais curta do que a de Paulínia.

Fonte: Revista Portos e Navios