Contrato foi firmado com a Allseas, que é responsável pelo design, aquisição, construção e instalação de infraestrutura submarina de Búzios 10. As entregas estão previstas para o primeiro semestre de 2026
A Cladtek vai fornecer 120 km de tubos revestidos mecanicamente (MLP – Mechanically Lined Pipes) com ligas anti-corrosivas para o projeto de Búzios 10, informou a empresa em comunicado divulgado nesta terça-feira (24). O contrato foi firmado no primeiro trimestre deste ano com a Allseas, que é responsável pelo design, aquisição, construção e instalação de infraestrutura submarina de Búzios 10.
O sistema MLP irá operar em águas ultraprofundas, em lâmina d’água de aproximadamente 2 mil m, ligando 16 poços ao FPSO (no caso, a P-82) através de risers, linhas de gás de alternância de água (WEG) e linhas de fluxo. Dos 120 km do MLP, cerca de 50 km serão dedicados à injeção de gás e CO₂, com o objetivo de apoiar o projeto de captura e armazenamento de carbono (CCUS) da Petrobras.
De acordo com a Cladtek, esse é o maior projeto da história da petroleira brasileira em termos de escopo de fabricação de MLP. O sistema será fabricado na unidade da Cladtek Brasil, localizada no Distrito Industrial de Santa Cruz, no Rio de Janeiro (RJ), “com um alto percentual de conteúdo local”, segundo a empresa. As entregas estão previstas para o primeiro semestre de 2026.
“A Petrobras vem destacando a importância do campo de Búzios e o cronograma para o primeiro óleo de Búzios 10, e estamos aumentando nossa capacidade para apoiar esse cronograma com mais investimentos no Brasil“, disse o vice-presidente sênior de Engenharia Global, Projetos e Região das Américas da Cladtek, Eduardo Menezes, segundo o comunicado.
O contrato entre Allseas e Petrobras foi assinado no final de 2024, após processo de licitação. O acordo marcou o retorno da Allseas ao mercado brasileiro de construção offshore, após a instalação de gasodutos de exportação para as Rotas 1, 2 e 3, também para a estatal. Para dar suporte às atividades, a Allseas abriu um novo escritório de engenharia e gerenciamento de projetos no Rio de Janeiro (RJ).
A P-82 está prevista para entrar em operação em 2027. A plataforma será do tipo FPSO e terá capacidade para produzir até 225 mil bpd, processar até 12 milhões de m³/dia de gás natural e armazenar mais de 1,6 milhão de barris.
O campo de Búzios está localizado no pré-sal da Bacia de Santos e é operado pela Petrobras com 85% de participação, tendo como parceiras a CNOOC (10%) e a CNODC (5%), no âmbito do contrato do excedente da cessão onerosa.
Fonte: Revista Brasil Energia