A ANP aprovou parcialmente os planos de desenvolvimento de Raia Manta e Raia Pintada, que contêm a junção para formar uma única área e a anuência para seguir com o plano do gasoduto

A diretoria colegiada da ANP aprovou, na quinta-feira (26), a unificação dos campos de Raia Manta e Raia Pintada, bem como a construção do gasoduto do projeto Raia.
A junção das duas áreas para formar um campo único, que será nomeado de Raia Manta, ocorre da aprovação parcial dos planos de desenvolvimento (PDs) dos campos em questão. Os ativos estão localizados na Bacia de Campos e são operados pela Equinor (35%) em parceria com Repsol Sinopec (35%) e Petrobras (30%).
A Superintendência de Desenvolvimento e Produção (SDP) entende que por terem origem no mesmo bloco (BM-C-33), compartilharem futuramente a mesma unidade de produção, processamento de fluidos e escoamento e estão no mesmo contrato, devem corresponder a um único campo.
Além disso, a SDP aponta que a similaridade dos PDs indica uma otimização dos processos administrativos, já que a maioria das informações são repetidas nos documentos.
Já a Superintendência de Participações Governamentais (SPG) concluiu que tratar os campos de forma separada poderá causar uma eventual redução no recolhimento e pagamento de participações governamentais. Com esta aprovação, a Equinor tem o prazo de 60 dias para entregar um PD com a nova área de Raia Manta.
O gasoduto que teve a construção aprovada terá 200 km de extensão e escoará o gás especificado para venda. Será conectado ao FPSO e seguirá em direção à Cabiúnas, em Macaé (RJ). Já os líquidos serão descarregados por meio de navios aliviadores.
O projeto de Raia foi originado do bloco BM-C-33 e compreende três descobertas diferentes no pré-sal: Pão de Açúcar, Gávea e Seat, que contêm reservas recuperáveis de gás natural e óleo/condensado superiores a 1 bilhão de boe.
O desenvolvimento de Raia baseia-se na produção por poços conectados a um FPSO capaz de tratar o óleo/condensado e especificar o gás produzido. A decisão final de investimento (FID) do projeto, avaliada em US$ 9 bilhões, foi tomada pelo consórcio em maio de 2023.
A expectativa é que Raia seja responsável por exportar 16 milhões de m³/dia de gás natural, o que pode representar cerca de 15% da demanda brasileira de gás quando o projeto entrar em operação, previsto para 2028.
Na última semana, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o projeto está em fase preparatória para a emissão da licença de operação.
Fonte: Revista Brasil Energia