
O estaleiro Yokosuka, da Sumitomo Heavy Industries, no Japão, cortou o primeiro aço para uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) destinada a um campo offshore no Brasil, operado pela subsidiária brasileira da inglesa Shell.
O início da construção do casco do FPSO “Gato do Mato”, previsto para operar no campo de mesmo nome, representa o início da fase de execução de do projeto que, afirma o presidente da Shell Brasil, demonstra a confiança da empresa no potencial do pré-sal brasileiro.
Depois de garantir um contrato de engenharia e design de front-end (FEED) para o projeto no ano passado e um contrato de operação e manutenção de vários anos neste ano, a Modec escolheu a Sumitomo para trabalhar junto no casco da nova unidade em abril.
Prevista para ser ancorada em lâmina d’água de aproximadamente dois mil metros, a cerca de 200 quilômetros ao sul do Rio de Janeiro, a unidade foi projetada para produzir até 120 mil barris de petróleo por dia (boepd), com início de produção previsto para 2029. Será a primeira vez que um casco de FPSO deste tamanho será construído de forma modular em dois países diferentes, China e Japão.
Localizado na Bacia de Santos, o projeto Gato do Mato é uma descoberta de gás condensado no pré-sal que abrange dois blocos contíguos: BM-S-54 , um contrato de concessão firmado pela Shell em 2005, e Sul de Gato do Mato , um acordo de partilha de produção obtido em 2017. A decisão final de investimento para o projeto foi divulgada em março.
O Consórcio Gato do Mato inclui a Shell como operadora e acionista de 50%, a Ecopetrol (30%), a TotalEnergies (20%) e a Pré-Sal Petróleo S/A (PPSA), atuando como representante do governo brasileiro no contrato de partilha de produção (PSC).
O quinhão da Shell no projeto deve aumentar para 70% após o fechamento de um acordo anunciado recentemente com a TotalEnergies, envolvendo os campos de Gato do Mato e Lapa.
Fonte: Revista Portos e Navios