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Clippings - 02/07/25

Petrobras conclui oferta de R$ 3 bi em debêntures

Os recursos captados serão destinados pela empresa para financiar o escoamento de gás do Projeto Integrado Rota 3 e do projeto Raia, no pré-sal da Bacia de Santos

Foto: Divulgação

A Petrobras concluiu a oferta da 8ª emissão de debêntures simples, no valor de R$ 3 bilhões, informou a companhia em comunicado na segunda-feira (30). O montante foi emitido em três séries. 

A demanda total atingiu cerca de R$ 5,4 bilhões, o que permitiu uma redução dos juros no bookbuilding em relação ao inicialmente anunciado. De acordo com a empresa, isso “evidencia o forte apetite dos investidores pelo crédito da companhia, principalmente das pessoas físicas, que subscreveram, diretamente, cerca de 68% do volume emitido”.

A Petrobras informou que o valor arrecadado será investido no Projeto Integrado Rota 3 (PIR3) e no projeto de Raia. No primeiro, a estatal prevê destinar R$ 1,05 bilhão do valor captado pelas emissões, já no segundo a estimativa é investir aproximadamente R$ 1,98 bilhão.  

O Projeto Integrado Rota 3 (PIR3) faz parte do Sistema Integrado de Escoamento de Gás da Bacia de Santos, que vai escoar a prodfução de gás dos campos no pré-sal, como Tupi, Búzios e Sapinhoá, entre outros. 

O gasoduto Rota 3 será responsável por receber o gás do pré-sal da Bacia de Santos e enviá-lo até a unidade de processamento de gás natural (UPGN) do Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj), em Itaboraí (RJ). A UPGN faz parte do PIR3 e viabilizará o escoamento de até 18 milhões de m³/dia e o processamento de até 21 milhões de m³/dia de gás.

O 1º módulo da UPGN foi inaugurado em novembro de 2024 e o segundo em maio deste ano. Além do gasoduto implantado para o escoamento de gás natural e da UPGN, a Petrobras está trabalhando em outros projetos no Complexo, como duas termelétricas a gás, para participação nos leilões previstos pelo setor elétrico, e unidades de refino para produção de combustíveis e de lubrificantes.

Já no segundo projeto, que foi originado do bloco BC-M-33 (Bacia de Campos), estima-se que Raia será responsável pela exportação de 16 milhões de m³/dia de gás natural, o que pode representar cerca de 15% da demanda brasileira de gás quando o projeto entrar em operação. O início da produção é estimado para 2028.

O conceito de desenvolvimento de Raia baseia-se na produção por poços conectados a um FPSO capaz de tratar o óleo/condensado e especificar o gás produzido. O gás especificado para venda será escoado por meio de um gasoduto offshore de 200 km, saindo do FPSO em direção a Cabiúnas, na cidade de Macaé (RJ). Já os líquidos serão descarregados por meio de navios aliviadores.

No dia 26 de junho, o Ibama emitiu a licença prévia para a atividade de produção de óleo e gás do projeto. No mesmo dia, o gasoduto de Raia, que terá 200 km de extensão, teve a sua construção aprovada pela diretoria da ANP.

A Equinor é a operadora de Raia, com 35% de participação, em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e a Petrobras (30%).

Fonte: Revista Brasil Energia