Autorização atesta a viabilidade ambiental do sistema de desenvolvimento da produção, que compreende a interligação submarina (tie-back) de até 11 poços ao FPSO Valente, que opera no campo de Frade

O Ibama emitiu, nesta sexta-feira (18), para a Prio, a licença prévia para o sistema de desenvolvimento da produção do campo de Wahoo e para a interligação de poços do campo ao FPSO Valente (antigo FPSO Frade), que já opera no campo de Frade, na Bacia de Campos.
A licença prévia atesta a viabilidade ambiental do sistema, aprovando sua localização e concepção, conforme descrito no Estudo de Impacto Ambiental e suas complementações. “Assim, a Companhia dará continuidade ao processo para a emissão da Licença de Instalação (LI), necessária para iniciar a construção submarina e interligação do campo ao FPSO Frade e manterá o mercado informado acerca do cronograma do projeto assim que obtiver a LI”, afirmou a Prio em comunicado divulgado no mesmo dia.
O sistema de desenvolvimento da produção do campo de Wahoo compreende a interligação submarina (tie-back) de até 11 poços – sendo quatro produtores, dois injetores e cinco contingentes – ao FPSO Valente, que opera no campo de Frade a uma distância de aproximadamente 30 km de Wahoo. Tanto Frade quanto Wahoo são operados pela Prio, com 100% e 64% de participação, respectivamente, na Bacia de Campos.
O FPSO Valente possui capacidade de processamento de 100 mil bpd e de armazenamento de até 1,5 milhão de barris, além de estar conectado à malha de gasodutos nacional. O escoamento da produção e a injeção de fluidos serão viabilizados por meio da instalação de dutos de produção e injeção, umbilicais de controle e potência, além de equipamentos submarinos associados, sem a implantação de nova unidade estacionária de produção, segundo a licença prévia.
Campanha de perfuração e primeiro óleo
A Prio iniciou a perfuração de dois dos quatro poços produtores no campo de Wahoo em março deste ano, após ter recebido a licença de operação do Ibama para a atividade. Apesar do projeto contemplar até 11 poços, a companhia planeja, inicialmente, somente perfurar os quatro poços produtores e os dois injetores.
A empresa estima investir cerca de US$ 850 milhões no projeto de Wahoo. O campo situa-se no contexto geológico do pré-sal, em lâmina d’água que varia de 900 a 1,6 mil m. A Prio adquiriu, em 2021, a participação da bp e da TotalEnergies para operar Wahoo com 64% de participação, em parceria com a IBV Brasil Petróleo (35%).
O primeiro óleo de Wahoo estava previsto para agosto de 2024. No entanto, devido ao não recebimento das licenças ambientais ao longo deste período, a Prio decidiu, no ano passado, adiar o início das operações. Agora, o primeiro óleo está previsto para dezembro.
Fonte: Brasil Energia